segunda-feira, 8 de março de 2010

Carlos César assinala Dia Internacional da Mulher inaugurando mais uma Casa Abrigo para vítimas de violência doméstica


Em Dia Internacional da Mulher, Carlos César sublinhou a forma efectiva como o Governo dos Açores assinalava a data, inaugurando, no Faial, mais uma Casa Abrigo para mulheres e filhos menores vítimas de violência doméstica.

Entre outros actos comemorativos em várias ilhas – desenvolvidos pelo Governo ou, em colaboração, por instituições particulares de solidariedade social – a abertura de mais um abrigo para vítimas de violência, promovido em parceria com a UMAR-Açores, traduz mais uma resposta ao que o governante qualificou de “exigência de uma vigilância a favor da dignidade e da cidadania, que é da responsabilidade de todos e que, felizmente, tem sido intensificada com crescentes resultados.”

Realçando que, nos Açores, o processo de afirmação, realização pessoal e inclusão das mulheres tem registado progressos importantes nos últimos vinte anos, exemplificou com o “movimento de entrada vigorosa das mulheres no mundo do trabalho.”

Para Carlos César, esse “é, provavelmente, o movimento social mais marcante da última década nos Açores. O aumento do número de mulheres a trabalhar nos últimos dez anos foi de 41%, passando de cerca de 32 mil e duzentas para perto de 45 mil. O número de mulheres jovens (entre os 25 e os 34 anos) a trabalhar aumentou 34%, passando de pouco mais de dez mil para 13.774.”
Como disse, os dados representam “não só uma manifestação de emancipação social, como também uma alteração muito relevante nas dinâmicas e oportunidades resultantes do crescimento, diversificação e qualificação da economia açoriana.”

Nos últimos nove anos – revelou – enquanto o número global de trabalhadores nos Açores aumentou 15%, o número de mulheres nos quadros das empresas cresceu 52%, o de mulheres “quadros superiores” 121%, e, mais relevante ainda, o número de mulheres “quadros altamente qualificados” aumentou 300%.

“Durante décadas, desde que existem estatísticas de emprego na Região, o número de mulheres desempregadas situava-se sempre entre 60 e 70% do total dos desempregados. Actualmente, essa dimensão já foi reduzida para os 47%, o que corrobora esta mudança fortíssima que se verificou na estrutura do mercado de trabalho e que muito tem favorecido a autonomização económica das mulheres e o seu acesso e desempenho entre as profissões”, frisou Carlos César.

A violência doméstica, do mesmo modo assumida, pelo Governo, como uma prioridade, levou à criação de uma rede regional de oito Casas Abrigo, a partir da primeira que foi criada em Ponta Delgada, em 1997; à abertura de quatro centros de atendimento e acompanhamento para vítimas de violência; e à criação de quatro centros comunitários para a inserção e promoção sócio-profissional para vítimas de violência.

Para além dessas infra-estruturas e de diversos programas de apoio entretanto criados, o presidente do Governo destacou o sucesso do “Programa Psico-educacional para Agressores Conjugais – Contigo”, que vai ser alargado a todas as ilhas ainda este ano.

“Tudo isto tem sido feito com muita convicção politica, mas todos estes avanços estão ancorados numa muito interessada colaboração, não só entre entidades públicas, como com organizações do movimento associativo e do voluntariado. Sem esses contributos estaríamos, certamente, mais atrás”, concluiu Carlos César



GaCS/CT

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