sábado, 20 de março de 2010

Prestações complementares ultrapassam os 25 milhões de euros por ano




O valor das prestações complementares de apoio anualmente pagas pelo Governo dos Açores ultrapassa já os 25 milhões de euros, revelou sexta-feira à noite, na Assembleia Legislativa, a secretária regional do Trabalho e Solidariedade Social.

A informação foi avançada por Ana Paula Marques durante a discussão de um projecto de decreto legislativo regional, da iniciativa do BE, visando estabelecer critérios de redução do preço da electricidade a agregados familiares com pessoas em situação de desemprego.

Para a secretária regional, a proposta do BE, que acabou por ser rejeitada pelo plenário, não teria qualquer eficácia prática, já que a maioria dos desempregados açorianos recebe de subsídio mais do que o valor do salário mínimo.

A título de exemplo, Ana Paula Marques adiantou que, durante o mês de Fevereiro, a média de subsídio de desemprego foi de 509,21 euros, acima do valor do salário mínimo na Região (499 euros) e do salário mínimo nacional (475 euros).

Além do mais, acrescentou a governante, 82% dos desempregados nos Açores têm subsídio de desemprego e aqueles que não têm esse apoio estão abrangidos pelo Rendimento Social de Inserção.

Conforme referiu, durante o ano passado esses apoios rondaram os 1,6 milhões de euros e todas as famílias que se encontravam em precariedade económica tiveram na Acção Social o seu atendimento.

“Nós não queremos criar mais subsídios e mais dependências, o que nós queremos é criar trabalho e os postos de trabalho criam-se numa economia saudável”, explicou Ana Paula Marques.

A secretária regional lembrou, a propósito, que ainda esta semana foram divulgados novos dados sobre o desemprego em Portugal, verificando-se que o desemprego decresceu nos Açores, em contra-ciclo do que sucedeu noutras regiões do país, facto que atribuiu às “políticas pró-activas do Governo Regional”.


GaCS/FG

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