O secretário regional do Ambiente e do Mar plantou hoje junto ao Caldeirão do Cabeço Verde, na ilha do Faial, três exemplares de Vidália (Azorina vidalii), uma espécie protegida pela Convenção de Berna e pela Directiva Habitats.
Este gesto simbólico de Álamo Meneses aconteceu no final da visita que o governante efectuou aos trabalhos de remoção de plantas invasoras e sua substituição por flora nativa que decorrem na Paisagem Protegida do Monte da Guia, na Reserva Natural do Morro de Castelo Branco e na área protegida para a gestão de habitats ou espécies dos Capelinhos, Costa Nordeste e Varadouro.
Os exemplares hoje plantados junto aos pés-mãe da única população de Azorina vidalii do Faial e a única dos Açores situada acima dos 250 metros de altitude são originários de sementes colhidas e germinadas no âmbito dos projectos BASEMAC e BIOCLIMAC.
O primeiro destes dois projectos, que assenta num banco de sementes, visa conservar e promover o uso sustentado do património genético vegetal dos arquipélagos dos Açores, Madeira e Canárias, enquanto o segundo tem por objecto estudar como é que as plantas se irão comportar face às alterações climáticas.
A Vidália é a única espécie do género Azorina, endémico dos Açores, e encontra-se presente em todas as ilhas do arquipélago, à excepção da Graciosa.
Esta espécie foi identificada pela primeira vez por Hewett Cottrell Watson durante a sua expedição botânica de 1843, na costa da Vila de Santa Cruz das Flores.
Inicialmente, a nova espécie foi designada por Campanula vidalli, em homenagem a Alexander Thomas Emeric Vidal, o comandante do vapor Styx – a bordo do qual viaja também Watson – que entre Setembro de 1841 e Janeiro de 1845 procedeu ao levantamento hidrográfico das ilhas açorianas ao serviço da marinha real britânica.
Posteriormente, como se tivesse comprovado que a Azorina é morfologicamente diferente das outras Campanulaceas, foi revista a sua nomenclatura e a espécie passou a ser designada por Azorina vidalii.
GaCS/FG
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