quarta-feira, 3 de novembro de 2010

SIAJE quer fazer do associativismo jovem uma verdadeira escola de cidadania



O Secretário Regional da Presidência referiu hoje, na apresentação do novo Sistema de Incentivo ao Associativismo Jovem (SIAJE), que “a solução ambiciona fazer do associativismo dos jovens uma verdadeira escola de cidadania, permanentemente rejuvenescida, onde os jovens possam, para além de participar, ser actores dos processos de tomada de decisão e contribuir para a mudança e melhoria da sociedade onde se inserem”.

Para André Bradford, com a entrada em vigor do SIAJ “fica cumprido mais um objectivo do Programa do Governo para a área de juventude”, cuja solução “é o resultado de um processo alargado de auscultação e debate” através de “um esforço conjunto e partilhado do Governo e das associações de juventude, na procura de melhorias para os sistemas de apoio às associações de jovens”.

O responsável pela tutela da Política de Juventude do Governo dos Açores realçou a importância dos vários programas de apoio ao associativismo juvenil que agora passam a integrar o SIAJ, lembrando que estes, nos últimos cinco anos, “permitiram apoiar, numa média de cerca de 600 mil Euros por ano, a actividade das diversas associações juvenis dos Açores”, para que estas “tivessem um instrumento de financiamento fiável e de confiança, independentemente das conjunturas”.

A acção constante do Governo dos Açores e dos apoios por ele administrados, para André Bradford, permitiu “constituir na Região um corpo associativo juvenil estável, forte e activo” e contribuiu para que “hoje os Açores contem com mais de meia centena de Associações de Jovens, com actividade nas nove ilhas, com uma acção determinante em termos de mobilização dos seus associados, ao nível de freguesia ou concelho, para as mais diversas actividades de pendor ocupacional ou mesmo social”. Em conjunto, estas associações, “desenvolvem acções para um público-alvo de cerca de 20 mil jovens açorianos e envolvem perto de meia centena de pessoas em funções, quase diárias, de direcção e liderança”.

De acordo com André Bradford, “é este potencial constituído nos últimos anos” que vai agora ser mobilizado “em prol do desenvolvimento dos Açores” e, sublinha: “é esse o principal factor diferenciador do novo Sistema de Incentivo ao Associativismo Juvenil – uma aposta clara na capacidade das associações e no contributo que podem trazer, através da sua acção, a outros sectores da sociedade açoriana”.

Do SIAJ, o Secretário Regional da Presidência destaca o novo Programa de Apoio ao Empreendedorismo Social das Associações, que tem o objectivo de apoiar projectos que prossigam a melhoria e transformação do contexto comunitário em que se inserem e que promovam a auto-sustentabilidade da acção das associações, realçando que este “é um programa de proximidade, através do qual as associações podem constituir-se também como prestadoras de serviços, colocando a sua dinâmica e vontade ao serviço de outros”, com apoios destinados a “projectos inovadores que promovam o aconselhamento juvenil, o desenvolvimento de competências empreendedoras nos jovens ou acções no domínio do ambiente, do turismo ou da cultura”.

Outra inovação do SIAJ, realçada por André Bradford, vai para a formação dos dirigentes das associações de juventude, que a partir de agora passam a dispor do programa “Formar” que tem “como objectivo principal dotar os dirigentes de conhecimentos e competências que lhes permitam aperfeiçoar a sua acção e, por essa via, a eficácia da gestão das respectivas associações”. Para o governante, este novo programa surge porque acredita que “boas associações podem desenvolver um melhor papel na nossa sociedade se tiverem bons dirigentes”.

O Secretário Regional da Presidência anunciou, ainda, que o SIAJ foi desenhado tendo em atenção preocupações relativas ao seu funcionamento como a “integração e articulação dos diversos programas que passam a estar inter-ligados o representa uma resposta a antigas ambições das associações no sentido de facilitar o acesso e os procedimentos de candidatura; a transparência e objectividade no processo de análise e na aplicação dos critérios de selecção dos projectos, valorizando os que introduzam maior valor acrescentado às comunidades de destino; Selectividade e proximidade, para que sejam seleccionados apenas os projectos com capacidade para introduzirem um verdadeiro impacto nas comunidades onde estão inseridos”, e, finalmente, uma atenção muito especial para a “desburocratização e celeridade”, cujo “esforço de simplificação do relacionamento entre a administração e as associações que vem sendo feito”, e que, para o futuro, passa a ter “outra expressão com a nova plataforma digital, a partir da qual será gerido todo o diálogo entre o Governo e as entidades parceiras”. “Desde as candidaturas até à entrega de relatórios, tudo passará por aqui, facilitando também o trabalho dos dirigentes associativos”, concluiu.

André Bradford finalizou a sua intervenção lembrando que no quadro da actual “conjuntura macroeconómica” o mote “para os novos tempos é fazer mais e melhor com sensivelmente os mesmos recursos”.



GaCS/LFC

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