segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Carlos César defende melhorias na forma de financiamento às IPSS


Para o Presidente do Governo, vivemos um tempo difícil, consequência da crise internacional, que requer novas respostas, nomeadamente no financiamento às instituições de solidariedade social. “O que temos de fazer é continuar a trabalhar, reconhecendo as dificuldades, não fechando os olhos perante elas. É um tempo de atenção solidária e competente e de resposta adequada a cada um dos problemas. É um apelo à nossa criatividade, ao nosso espirito de melhor gestão mas eu acho que se pode com certeza fazer mais e melhor”.

Por exemplo em matéria dos apoios às instituições sociais, afirmou o Presidente do Governo, “ há que explorar um caminho que combine as carências das pessoas com as carências das instituições porque, em boa verdade, há instituições com carências e outras com um grande património e que não querem abrir mão dele mas que não deixam de pedir ao Governo que lhes aumente a comparticipação. Talvez esteja aí uma combinação útil: as Santas Casas que têm mais darem mais, as Santas Casas que têm menos darem menos, e assim com as instituições em geral. É uma área onde temos de trabalhar melhor este sistema de financiamento”, considerou Carlos César.

Estas declarações do Presidente do Governo foram proferidas num discurso perante utentes e dirigentes do Lar da Santa Casa da Misericórdia de Santo António da Lagoa, onde participou na Festa de Natal desta jovem instituição com poucos recursos próprios.

Carlos César considerou ainda que “é indispensável também, e este tempo de Natal é muito propício para essa reflexão, que se estimule não só a solidariedade entre as pessoas, entre os países, entre as instituições e entre as famílias como a solidariedade intergeracional, ou seja, é fundamental que gerações de pessoas activas e que têm maiores possibilidades contribuam para aqueles que já não podem ter uma actividade ou que já não se podem remunerar do ponto de vista financeiro para viverem dignamente e com o conforto adequado”.

O Presidente do Governo acrescentou ainda que “temos pela nossa frente um caminho difícil que é distinguir a despesa que se pode fazer da despesa que não se deve fazer, mas não destruir esse valor geracional de transmissão generosa do nosso esforço às gerações futuras. No caso da segurança social, não faz sentido que ela deixe de ser um testemunho público, uma obrigação pública e ela só é pública porque decorre da obrigação de todos de, descontando para a segurança social, poderem garantir o futuro de outras gerações”.

“A minha mensagem primeira é esta”, concluiu Carlos César: “a solidariedade deve manifestar-se em todas as dimensões em que ela é possível e em que ela é útil. Também é fundamental que saibamos distinguir a despesa que satisfaz necessidades básicas da despesa que, não as satisfazendo faz com que gastemos acima das nossas possibilidades. Isso tanto é valido para os governos como é válido para as famílias ou para as empresas”.


GaCS

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