terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Carlos César quer ajudar a economia empresarial, mas assegura que o apoio social não será descurado


O Presidente do Governo dos Açores disse hoje que o investimento na proteção social não vai ser descurado, pese a necessidade de dar “grande prioridade às questões da ajuda à economia empresarial e ao emprego, porque nesses sectores está a fonte de muitos problemas.”



Sublinhando que igual atenção continuará a ser dada “ aos aspetos de gestão orçamental que impeçam que a Região siga o caminho de bancarrota que, por exemplo, aconteceu na Madeira”, Carlos César acrescentou que, “todavia, não podemos descurar o investimento na proteção social e na rede de instituições que, em todas as ilhas e concelhos, asseguram importantes níveis de coesão social.”


Por assim o entender, o Governo Regional financia cerca de 250 instituições, assegurando um trabalho social que vai desde o apoio à infância, juventude e idosos até à ajuda às famílias e pessoas com problemas de disfunção e ou insuficiência de capacidades de gestão, ou a pessoas com deficiências, com necessidades formativas e ocupacionais especiais, ou nos casos das toxicodependências.


“É um grande esforço financeiro do nosso Governo – superior a cinquenta milhões de euros por ano – ao qual, por vezes, não se dá o valor de que é merecedor, mas graças ao qual temos defesas e garantias nos Açores superiores àquelas que existem no restante território nacional”, disse.


Carlos César falava no decorrer da cerimónia de lançamento da primeira pedra da remodelação da Casa dos Tiagos, no Topo, ilha de S. Jorge, edifício que após a obra, no valor de seiscentos mil euros, albergará o Centro de Dia e Atelier de Tempos Livres da Casa do Povo daquela vila.


Salientando a importância que o futuro equipamento terá na dinamização social e cultural do Topo, o Presidente do Governo lembrou que outras obras vieram já melhorar a vida dos seus habitantes, como a Escola, a pavimentação de vários caminhos agrícolas e de estradas regionais, a abertura do centro da RIAC (a Rede Integrada de Apoio ao Cidadão), e aludiu aos apoios sociais como no caso do Centro Paroquial de Santo Antão, e, também, ao financiamento do Governo à construção da Finisterra e ao seu reequilíbrio financeiro.


Todas essas intervenções visaram, como referiu, “continuar a dotar a Vila de boas condições de vida e de fixação das pessoas, considerando a quebra populacional que sucedeu ao sismo de 1980 e evitando que ela se acentue até níveis irreversíveis.”


Mas há outros melhoramentos previstos para a ilha de S. Jorge, lembrando Carlos César que “em breve, nesta ilha, entrará em funcionamento o lar de idosos da Calheta e a creche e jardim-de-infância da Casa de Previdência de S. José, num total de investimento superior a 4,5 milhões de euros; e vamos também dar início às obras de remodelação do centro de atividades ocupacionais e lar residencial para pessoas portadoras de deficiência da Santa Casa da Misericórdia das Velas, correspondendo a um esforço público de cerca de 800 mil euros.”


A propósito, revelou que nos últimos 15 anos aumentou em quase 50% a capacidade dos equipamentos dirigidos à infância e juventude em S. Jorge e também aumentou, em mais de um terço, o número de equipamentos destinados à terceira idade, enquanto no que respeita á invalidez e à reabilitação, cresceu em 87% a capacidade de resposta destinada às pessoas com deficiência.


“Temos obra feita, e há, bem o sabemos, obra para fazer. Para isso, precisamos de persistir, com determinação e com entusiasmo. Continuar. Continuar para vencer”, concluiu o Presidente do Governo.



GaCS

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