terça-feira, 7 de agosto de 2012
Governo quer pescaria do Goraz direcionada para os exemplares maiores
O Subsecretário Regional das Pescas afirmou hoje, na Horta, que faz todo o sentido que as pescarias do Goraz incidam sobre os exemplares maiores, deixando os mais pequenos crescerem para que mais tarde tenham maior valor comercial.
A opinião foi avançada por Marcelo Pamplona no final de uma reunião com as associações representativas do setor das pescas e com cientistas do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores para debater questões relacionadas com a gestão dos recursos pesqueiros.
Segundo indicou, nos meses de setembro e outubro, o Governo irá apresentar, para discussão, às associações de pesca e ao DOP uma proposta de modelo de gestão com vista a melhorar a pesca do Goraz no arquipélago, fazendo com que as pescarias sejam dirigidas para os exemplares maiores.
De acordo com Marcelo Pamplona, a reunião desta segunda-feira teve como objetivo principal habilitar o Governo defender os interesses da pesca açoriana junto da União Europeia, tendo em conta que nos próximos tempos vão ser aprovadas em Bruxelas novas medidas de gestão no âmbito da Politica Comum de Pescas.
Em concreto, adiantou o governante, nesta reunião definimos as “prioridades a defender no âmbito da gestão dos recursos de profundidade e dos pequenos pelágicos” nos Açores.
Para o Subsecretário Regional das Pescas, é fundamental para o interesse dos pescadores açorianos que a Região consiga aumentar a quota das pescarias do Alfonsim, uma espécie cuja quota este ano ficou esgotada em julho, e do peixe-espada preto, uma pescaria que os Açores pretendem desenvolver “por ser a única alternativa que temos para diversificar e reorientar as pescarias de profundidade”.
Precisamos também de abordar “a questão do chicharro, dado que é um recurso que capturamos em quantidade apenas por questões de mercado”, acrescentou Marcelo Pamplona.
Revelou também que o Governo, em parceria com a Universidade dos Açores e com as associações da pesca, vai avançar com um trabalho de investigação genética do peixe-espada preto, para podermos identificar se o stock dessa espécie é um stock residente nos Açores. Se assim for, em vez de termos uma quota conjunta com o continente, então avançaremos na defesa de uma quota própria para a pesca do peixe-espada preto, explicou o governante.
Relativamente ao Alfonsim, cuja quota para este ano está terminada, Marcelo Pamplona disse que no próximo ano vai ser possível pescar Imperador, uma espécie com uma valorização comercial quatro vezes maior, deixando de pescar Alfonsim.
“Com esta metodologia para a pescaria do Alfonsim, quando se atingir 80% da quota conseguiremos manter os rendimentos mais elevados se pudermos continuar a pescar o Imperador”, adiantou o Subsecretário Regional das Pescas.
Anexos: Imagens:
2012.08.06-SsRP-GestãoRecursosPesqueiros1.mp3
2012.08.06-SsRP-GestãoRecursosPesqueiros2.mp3
GaCS
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