terça-feira, 4 de junho de 2013

Relação entre Portugal e os EUA está confrontada com novos desafios, afirma Presidente do Governo dos Açores

O Presidente do Governo dos Açores afirmou hoje, em Boston, que a cooperação entre os EUA e Portugal está confrontada com desafios imediatos, que derivam da anunciada redução militar nas Lajes, apelando à comunidade emigrante para que faça ver aos seus representantes políticos norte-americanos a importância desta relação.

“Hoje, a relação de amizade e cooperação entre o Estado Português e os EUA está confrontada com desafios imediatos que podem, se não forem atendidos de forma dedicada e respeitadora do legado histórico, ferir a estabilidade e o comprometimento da mesma para o futuro”, afirmou Vasco Cordeiro, na intervenção que proferiu na Massachusetts State House.

O Presidente do Governo dos Açores participou, em Boston, nas cerimónias do Portugal Heritage Day, promovidas pelo Portuguese-American Legislative Caucus, que incluíram a atribuição de insígnias a várias personalidades luso-americanas como forma de as homenagear pelo papel que desempenharam, em várias áreas, nas suas comunidades.

Na sua intervenção, Vasco Cordeiro reconheceu que a decisão dos EUA de reduzirem a sua presença na Base das Lajes não foi tomada de forma a atingir diretamente o âmago da relação entre os dois países, uma vez que não foi direcionada especificamente para Portugal e para os Açores.

“Mas também não deve deixar de ser claro aos nossos amigos e aliados americanos, aqui, em Washington, na Califórnia ou no Hawai, que não há pior forma de tratar um amigo e um aliado do que não cuidar de nutrir essa relação e que não há forma mais concreta de perder todo um património de relacionamento estável e consistente, de contributo permanente para a obtenção de objetivos comuns – ainda que em partes do mundo às vezes distantes – do que deixar de valorizá-lo por comparação com outros”, afirmou.

Segundo disse, estas considerações devem constituir motivo de ponderação concreta para as decisões que os EUA venham a tomar sobre a diminuição muito significativa da sua presença militar e civil nos Açores, manifestada nas reduções previstas para a Base das Lajes, mas também na redução paulatina de uma presença e ação efetiva e abrangente do Consulado dos EUA em Ponta Delgada.

“Também nestes dois dossiers concretos, a comunidade portuguesa nos EUA – sejam açorianos ou não – deve fazer ver aos seus representantes políticos ao nível Local, Estadual e Federal a mais-valia que resulta do relacionamento estável e duradouro com Portugal, assente num pilar Atlântico, como são os Açores, de características únicas e que pretende continuar a ser útil para o aprofundamento da relação bilateral e para a constituição de novas valências que permitam olhar o futuro, sem riscos”, afirmou.

Anexos:

2013.06.04-PGR-BaseLajes.mp3

GaCS

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