segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Presidente do Governo dos Açores defende “empenho acrescido” dos governos de Portugal e dos EUA no processo das Lajes

O Presidente do Governo dos Açores defendeu hoje a necessidade de os governos de Portugal e dos EUA demonstrarem um “empenho acrescido” no processo da Base das Lajes, tendo em conta que já se começam a notar os efeitos económicos na Ilha Terceira da anunciada redução de efetivos militares.

“É importante que os vários intervenientes neste processo, a começar pelo Governo da República e pelo Governo dos Estados Unidos, tenham consciência que esse impacto já se está a fazer sentir na economia da Ilha Terceira”, afirmou Vasco Cordeiro.

O Presidente do Governo falava aos jornalistas após ter recebido, em audiência, em Angra do Heroísmo, a Comissão Representativa dos Trabalhadores Portugueses na Base das Lajes.

“O Governo dos Açores está a mobilizar, e continuará a mobilizar, toda a sua capacidade de influência para essa questão da Base das Lajes”, assegurou Vasco Cordeiro, acrescentando que tem consciência das alterações que já se verificam ao nível do acompanhamento de militares dos Estados Unidos por parte dos seus familiares.

Nesse sentido, frisou que o Governo dos Açores sempre considerou fulcral e fundamental a forma como o impacto social e económico deste processo pode ser minimizado pela parte norte-americana.

“O Governo dos Açores tem estado demasiado sozinho nesta luta”, salientou o Presidente do Governo, defendendo que agora é a altura de os restantes intervenientes neste processo “se chegarem à frente”, nomeadamente o Governo da República, que deve evidenciar mais o seu empenho e atenção neste processo.

“Não estamos na situação como o processo estava há um ano atrás, em que havia a intenção de reduzir, mas não havia os efeitos práticos dessa intenção”, alertou Vasco Cordeiro, ao lamentar que, neste momento, já se comece a fazer sentir o impacto económico do não acompanhamento dos militares norte-americanos pelas respetivas famílias.

Para o Presidente do Governo, “é necessário que haja da parte de quem também tem essa responsabilidade – os Estados Unidos - uma atenção acrescida, um empenho acrescido, quanto à necessidade de se lidar com esse impacto económico e social”.

“Essa evidência ainda não é tão clara quanto nós gostaríamos que fosse”, afirmou.

Vasco Cordeiro salientou que, nesta fase, este processo da Base das Lajes está dependente de uma decisão política, através da votação no Senado de duas leis, depois de a Câmara dos Representantes já se ter pronunciado nesse sentido, de forma muito clara.

Uma dessas leis diz que a redução não deve avançar até haver uma reavaliação e um estudo sobre as bases norte-americanas na Europa, em especial sobre as Lajes, enquanto que uma segunda lei determina que não podem ser utilizados fundos do Orçamento do ano fiscal de 2014 para promover esse processo de redução na base da Ilha Terceira.


Anexos:
2013.10.28-PGR-AudienciaComissãoTrabalhadoresPortuguesesBaseLajes.mp3

GaCS

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