sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Intervenção do Secretário Regional do Turismo e Transportes

Texto integral da intervenção do Secretário Regional do Turismo e Transportes, Vítor Fraga, proferida hoje, em Ponta Delgada, na sessão de encerramento do seminárioReboco de Edifícios Antigos:

“É com muito gosto que presido hoje ao encerramento do seminário “Reboco de Edifícios Antigos” no Laboratório Regional de Engenharia Civil, evento que, como sabem, resulta de uma parceria entre o LREC e LNEC.

Com a realização deste evento pretendemos dar a conhecer aos participantes as diversas técnicas de restauro de rebocos antigos e históricos, para melhorar as intervenções de conservação nos revestimentos de paredes de edifícios antigos.

A promoção deste tipo de eventos na Região Autónoma dos Açores permite qualificar, especializar e valorizar as empresas e os seus colaboradores, proporcionando-lhes a transmissão de conhecimento por especialistas das mais variadas áreas de interesse, reduzindo assim o investimento necessário para a sua obtenção.

Agradeço, por isso, o contributo inestimável, quer do Laboratório Regional da Engenharia Civil, quer ainda do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

Vivemos um novo tempo.

Um novo tempo que nos leva ao desenvolvimento de novas dinâmicas.

O nosso desafio é encontrar novos caminhos para a sustentabilidade do setor da construção civil, os quais devem, simultaneamente, ser geradores de emprego, de riqueza e de responder às necessidades reais de infraestruturas nas nossas ilhas.

O Governo dos Açores tem assumido o seu papel de contribuinte ativo deste novo tempo, procurando introduzir fatores que possibilitem dotar as empresas de mecanismos que lhes permitam desenvolver a sua atividade de uma forma sólida e sustentável.

Lançámos a Carta Regional das Obras Públicas (CROP).

Um documento criado pela primeira vez nos Açores, que visa dar previsibilidade às empresas e trabalhadores do setor, possibilitando uma visão alargada no tempo e definida no espaço dos compromissos assumidos em matéria de obras públicas.

Este é um documento que, estamos certos, contribuirá para o planeamento estratégico das empresas, possibilitando identificar necessidades de dimensionamento, especialização e definição de políticas de alianças, entre outras.

Lançámos igualmente o Catálogo de Materiais Endógenos e Transformados na Região.

Este documento visa contribuir para o incremento do uso dos materiais produzidos ou transformados nos Açores, através da sua inclusão nos programas-base de projetos e cadernos de encargos de obras públicas e privadas.

Desta forma, pretende-se promover uma utilização mais intensiva dos nossos materiais, potenciando uma nova dinâmica nas empresas regionais e criando valor na fileira da construção.

No entanto, temos consciência do muito que ainda podemos fazer.
O desenvolvimento de novos produtos baseados nos nossos materiais endógenos é um objetivo traçado, para o qual contamos com envolvimento de todas as empresas e profissionais do setor.

Da parte do Governo dos Açores, esta é uma aposta que está bem refletida na proposta de Plano e Orçamento para 2014, onde mais de 40% do orçamento do Laboratório Regional de Engenharia Civil está alocado precisamente à Investigação, Desenvolvimento e Inovação.

Reforço, assim, o desafio já lançado para que as empresas e os profissionais da área possam apresentar e desenvolver novos produtos.

O Laboratório Regional de Engenharia Civil está e estará, como sempre esteve, à vossa disposição.

Com o objetivo de reduzir mais os custos de construção, bem como valorizar o património existente, estamos igualmente a desenvolver um conjunto de alterações legislativas, adaptando os requisitos nomeadamente à nossa realidade climatérica, e cuja anteproposta contamos apresentar aos parceiros sociais até ao final do corrente ano.

Do Governo dos Açores terão sempre a garantia de sermos parceiros de todos os empresários e trabalhadores do setor.

O nosso objetivo é o desenvolvimento de um trabalho continuado, com vista à aplicação de medidas que contribuam para a empregabilidade e geração de riqueza, ou seja, para a efetiva sustentabilidade do setor.

Estamos convictos de que com estas estratégias, devidamente estruturadas, geraremos dinâmicas económicas que assumirão um efeito transversal.

E, por isso, entendemos que devemos ser capazes de juntar as nossas melhores energias, fazendo com que a cadeia de valor na área da construção seja, o mais possível, formada por empresas açorianas.

Todos temos essa responsabilidade.

Todos temos a responsabilidade de, dentro da legalidade, privilegiar as relações económicas com quem cria emprego, paga impostos e gera riqueza nos Açores.

É nosso entendimento que devemos procurar dar a máxima prioridade à redução dos custos de contexto das empresas açorianas, assim como adaptar o mais possível a oferta laboratorial e científica à realidade regional e à divulgação do conhecimento científico e tecnológico.

Estamos convictos de que todos, público e privado, trabalhando em parceria, daremos o melhor contributo para que esteja disponível um conjunto de instrumentos de formação e atualização do conhecimento que ajudem a implementar processos de mudança, com vista à melhoria contínua dos serviços prestados e à adequação e atualização dos seus processos e técnicas construtivas com as mais recentes inovações nesta área.

E, tal como disse no dia em que apresentei a Carta Regional das Obras Públicas, nós não fazemos isto porque está na moda, mas sim porque temos a firme convicção de que temos de olhar bem para a nossa região, para a nossa dimensão e assim garantir que o futuro será sustentável para as novas gerações de açorianos.

Muito obrigado!”



GaCS

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