quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Luiz Fagundes Duarte defende que estamos a tempo de ultrapassar os "desvarios" na educação em Portugal

O Secretário Regional da Educação, Ciência e Cultura defendeu hoje, em Angra do Heroísmo, que “estamos a tempo e em condições de ultrapassar os desvarios e de acertar a máquina” no que diz respeito à educação em Portugal.

“Ao contrário da tendência centralizadora que desde quase sempre tem sido apanágio do nosso sistema educativo, teremos que avançar cada vez mais para a descentralização, a autonomia e a flexibilidade das escolas”, preconizou Luiz Fagundes Duarte, que falava na sessão de encerramento do seminário “O Presente das Crianças…O Futuro da Sociedade” promovido pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Angra do Heroísmo.

Para o Secretário Regional, “é necessária uma descentralização de competências, no sentido de adequar o projecto educativo de cada escola às características do meio em que se insere”.

Aos professores e demais técnicos caberá “por missão e por obrigação, não só assumir a condição de elos numa cadeia de transmissão de conhecimentos e de valores, mas também de responsáveis operacionais pela preparação das novas gerações para a vida e para a sociedade, que todos desejamos, de mulheres e homens livres e críticos”.

Luiz Fagundes Duarte advertiu, no entanto, que também “temos por obrigação, mais do que saber ensinar e formar, saber ouvir aqueles que, a cada momento da nossa atividade profissional, são o nosso objeto e o nosso objetivo”.

Para o Secretário Regional da Educação, Ciência e Cultura, não basta “escolarizar-se as crianças e os jovens, se os pais mantiverem níveis baixos de escolaridade”, sendo, por isso, necessário que “o sistema educativo possibilite o desenvolvimento dos projetos educativos, permita a inclusão de todos os cidadãos no sistema, favoreça a qualidade e que potencialize o diálogo entre o sistema educativo e a sociedade na sua globalidade”.

Isto por oposição a “um sistema que impõe o atrofiamento dos projetos inovadores, que incentiva a exclusão dos cidadãos, que permite o sacrifício da qualidade e que desenha para as escolas um perfil de «instituições autistas» relativamente ao meio em que se inserem”, acrescentou.

Luiz Fagundes Duarte, que recordou o pensamento dos clássicos sobre a educação e o ensino, apontou a necessidade de “uma escola que nos prepare e garanta o futuro”, para a qual a sociedade será, cada vez mais, chamada “a ter uma palavra definitiva”.

Anexos:

2013.11.07-SRECC-Seminário.mp3

GaCS

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