O Secretário Regional do Turismo e Transportes afirmou hoje que o desenvolvimento de novos produtos para a construção civil baseados nos materiais endógenos é “um objetivo traçado" pelo Governo dos Açores, para o qual conta com o "envolvimento de todas as empresas e profissionais do setor”.
Vítor Fraga frisou que, “da parte do Governo dos Açores, esta é uma aposta que está bem refletida na proposta de Plano e Orçamento para 2014, onde mais de 40% do orçamento do Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC) está alocado precisamente à Investigação, Desenvolvimento e Inovação”.
O Secretário Regional, que se dirigia aos profissionais do setor na cerimónia de encerramento do seminário “Reboco de Edifícios Antigos”, organizado pelo LREC, reforçou, por isso, “o desafio já lançado para que as empresas e os profissionais da área possam apresentar e desenvolver novos produtos”, assegurando que o Laboratório Regional de Engenharia Civil “está e estará, como sempre esteve, à vossa disposição”.
Vitor Fraga salientou o trabalho que está a ser desenvolvido pelo Governo dos Açores, apontando o exemplo da criação do Catálogo de Materiais Endógenos e Transformados na Região, que visa “contribuir para o incremento do uso dos materiais produzidos ou transformados nos Açores, através da sua inclusão nos programas-base de projetos e cadernos de encargos de obras públicas e privadas”.
Na sua intervenção, defendeu a necessidade de “encontrar novos caminhos para a sustentabilidade do setor da construção civil, os quais devem, simultaneamente, ser geradores de emprego, de riqueza e de responder às necessidades reais de infraestruturas nas nossas ilhas”.
O Governo dos Açores, ciente disso, “tem assumido o seu papel de contribuinte ativo deste novo tempo, procurando introduzir fatores que possibilitem dotar as empresas de mecanismos que lhes permitam desenvolver a sua atividade de uma forma sólida e sustentável”.
Vítor Fraga lembrou ainda o lançamento da Carta Regional das Obras Públicas, salientando tratar-se de “um documento criado pela primeira vez nos Açores, que visa dar previsibilidade às empresas e trabalhadores do setor, possibilitando uma visão alargada no tempo e definida no espaço dos compromissos assumidos em matéria de obras públicas”.
O Governo dos Açores está igualmente a desenvolver um conjunto de alterações legislativas, com o objetivo de reduzir mais os custos de construção, bem como valorizar o património existente, adaptando os requisitos, nomeadamente à realidade climatérica do arquipélago, contando apresentar uma anteproposta aos parceiros sociais até ao final do corrente ano.
“Do Governo dos Açores terão sempre a garantia de sermos parceiros de todos os empresários e trabalhadores do setor”, afirmou, salientando que o objetivo passa pelo “desenvolvimento de um trabalho continuado, com vista à aplicação de medidas que contribuam para a empregabilidade e geração de riqueza, ou seja, para a efetiva sustentabilidade do setor”.
“Estamos convictos de que, com estas estratégias, devidamente estruturadas, geraremos dinâmicas económicas que assumirão um efeito transversal”, afirmou Vítor Fraga, para quem “devemos ser capazes de juntar as nossas melhores energias, fazendo com que a cadeia de valor na área da construção seja, o mais possível, formada por empresas açorianas”.
Nesse sentido, defendeu que “todos temos a responsabilidade de, dentro da legalidade, privilegiar as relações económicas com quem cria emprego, paga impostos e gera riqueza nos Açores”.
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GaCS
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