quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Parque Natural do Faial e Grupo da Biodiversidade dos Açores avaliam estado dos ecossistemas

O Parque Natural do Faial e o Grupo da Biodiversidade dos Açores (CITA-A) estão a proceder à inventariação e monitorização da biodiversidade de artrópodes, como centopeias, aranhas e insetos, para estudar a flutuação das populações existentes nas áreas naturais e, através da sua evolução nos próximos cinco anos, avaliar o estado de conservação dos ecossistemas.

Os Açores são muito ricos em artrópodes endémicos - existe, por exemplo, um na área do Vulcão dos Capelinhos, o Giatela faialensis - o que permite aos cientistas implementar um sistema de monitorização ambiental através do controle das populações destas espécies em áreas naturais que, pela sua presença ou ausência e em comparação com espécies exóticas, revelam o estado de conservação dos ecossistemas nativos.

No âmbito da colaboração estabelecida entre o Parque Natural e o Grupo da Biodiversidade, da Universidade dos Açores, fundamental para o desempenho da missão de conhecimento e preservação da biodiversidade que é inerente aos Parques de Ilha dos Açores, foram instaladas três armadilhas SLAM (Sea, Land and Air Malaise trap) nas áreas naturais da Caldeira do Faial, Pedro Miguel e Cabeço do Fogo, na ilha do Faial.

Os primeiros e principais resultados referentes ao período entre setembro e dezembro de 2013 mostram que o esforço no restauro ambiental da zona de Pedro Miguel foi extremamente positivo, pois ocorrem nesta área 34 espécies de artrópodes endémicas dos Açores.

A Caldeira do Faial apresenta-se como uma área de excelência em termos de equilíbrio ecológico, com um rácio de três espécies endémicas para uma exótica, contra 0,82 do Cabeço do Fogo e 0,53 em Pedro Miguel.



GaCS

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