O Secretário Regional da Educação e Cultura revelou hoje, em Ponta Delgada, que vão ser dadas instruções às escolas dos Açores no sentido de não as responsabilizar pela elaboração do denominado projeto curricular de turma.
Avelino Meneses, que falava na sessão de abertura do II Encontro Regional 'Partilhar Boas Práticas de Ensino', salientou que o Executivo pretende com esta medida “promover a desburocratização” da atividade dos docentes, que se deve centrar “naquilo que é essencial", nomeadamente "nas atividades pedagógicas e científicas e no trabalho com os estudantes”.
“Analisando o sistema e como sinal de uma política que vai ter prossecução no futuro, nós vamos permitir às escolas que não continuem a executar o chamado projeto curricular de turma, porque estamos convencidos que, efetivamente, se tem traduzido numa sobrecarga de trabalho burocrático sem proveito de relevo”, afirmou o Secretário Regional.
“Não estamos com isto a dizer que se está a extinguir, neste momento, o projeto curricular”, frisou Avelino Meneses, adiantando que esta matéria só poderá ser extinta “em sede de alteração legislativa”.
O Secretário Regional da Educação e Cultura adiantou também que está a ser ponderada a alteração do Estatuto da Carreira Docente “no sentido de os professores passarem menos tempo na escola em atividades de menor valia”, de modo a permitir que “o tempo que os professores permaneçam nas escolas seja um tempo vocacionado para as atividades letivas e de apoio aos estudantes”.
Na sua intervenção, Avelino Meneses reafirmou que o insucesso escolar “é o principal flagelo” do sistema educativo regional, salientando que, para o combater, o Governo dos Açores “tem vindo a introduzir diversas medidas, das quais algumas vêm dando alguns resultados encorajadores”.
Nesse sentido, afirmou que o que tem sido feito até agora “vai ter prossecução e, num ou noutro caso, reforço”.
O que será feito a partir de agora para ser implementado no ano letivo 2015/2016 é a elaboração de um plano integrado de combate ao insucesso escolar, cuja elaboração, segundo Avelino Meneses, “vai depender de uma multiplicação de diálogos, assente numa averiguação de factos, e vai envolver os técnicos da Direção Regional da Educação, os professores e os gestores das escolas”.
Esse diálogo será ainda apoiado por especialistas em educação pertencentes aos quadros das universidades, nomeadamente da Universidade dos Açores, salientou Avelino Meneses.
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GaCS
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