sábado, 2 de maio de 2015

Atividade sísmica ao largo do Faial registou hoje cerca de seis dezenas de eventos - Proteção Civil

O Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) informa que, segundo o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), desde o dia 19 de abril tem vindo a ser registada alguma sismicidade numa região epicentral situada entre 37 e 46 quilómetros a oeste/noroeste da ilha do Faial.

Na sequência desta atividade, foram sentidos cinco sismos na ilha do Faial, sendo os de maior magnitude sentidos também nas ilhas do Pico e de S. Jorge.

O evento de maior energia ocorreu no dia 24 de abril, às 22:14 horas, e teve magnitude 4,7.

A atividade registada enquadrou-se inicialmente no padrão associado à sequência sismo principal/réplicas revelando o gradual decaimento em frequência e magnitude.

No dia 1 de maio, a partir das 14 horas, verificou-se uma maior persistência da atividade sísmica, traduzida por um ligeiro incremento no número de eventos registados por hora.

Este comportamento manteve-se até cerca das 13 horas de hoje, altura a partir da qual se tem assistido a uma ligeira diminuição no número de eventos registados.

Durante o dia de hoje, até às 19 horas, foram registados 58 eventos.

O número de eventos registados desde o início desta atividade sísmica é de cerca de 310.

Sob o ponto de vista geológico, a região assinalada situa-se próxima do extremo noroeste da fronteira de placas entre a placa Eurasiática e a placa Africana (Núbia), na zona de transição para a região dominada pela fronteira de placas definida pela Crista Média Atlântica.

O CIVISA e o SRPCBA continuam a acompanhar o evoluir da situação, emitindo novos comunicados caso necessário.

O SRPCBA recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, em particular nas zonas mais vulneráveis, recomenda-se a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:

Manter a calma e contar com a existência de possíveis réplicas.

Não acender fósforos nem isqueiros e cortar imediatamente o gás, a eletricidade e a água.

Observar se a sua casa sofreu danos graves e sair imediatamente se achar que a casa não oferece segurança.

Ter cuidado com vidros partidos, cabos de eletricidade e objetos metálicos que estejam em contacto com estes.

Em locais públicos, não se precipitar para as saídas e não utilizar os elevadores.

Evitar ferimentos, protegendo-se com roupa adequada e de acordo com a estação do ano.

Observar se há pequenos incêndios e, se possível, extingui-los. Informar os bombeiros.

Limpar urgentemente o derrame de tintas, pesticidas e outros materiais perigosos e inflamáveis.

Afastar-se das praias e zonas ribeirinhas. Depois de um sismo podem ocorrer tsunamis (onda gigante).

Soltar os animais, eles tratam de si próprios.

Se estiver na rua, não vá para casa, dirija-se a um local amplo, protegendo-se de estruturas que o possam atingir ao cair.

Não dificultar a circulação das equipas de socorro e seguir as indicações dos agentes de Proteção Civil no terreno.

Estar atento às informações e indicações da Proteção Civil e forças de segurança.



GaCS

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