quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Discutir a responsabilidade do corte de rendimentos ou o mérito da sua reposição é hoje a grande diferença, afirma Sérgio Ávila

O Vice-Presidente do Governo dos Açores salientou hoje a “diferença significativa” entre o que o que discutia, há alguns anos, na Assembleia Legislativa regional, e o que agora se discute a propósito de salários e de impostos.

Sérgio Ávila, que falava, no parlamento, no decurso do debate suscitado por uma declaração política de um partido da oposição, afirmou que “durante vários anos estávamos aqui a discutir quem era responsável pelos cortes, pela redução do rendimento, pelo aumento dos impostos e pelos cortes na função pública.”

“Hoje, felizmente, estamos a discutir quem é responsável pela redução dos impostos, pela reposição dos vencimentos e pelo aumento do rendimento disponível das famílias”, disse, acrescentando que a discussão sobre quem “tinha a culpa do que se cortava” e quem “tem o mérito naquilo que se repõe” representa “uma grande mudança” não só de discurso, como “na vida das famílias.”

O Vice-Presidente do Governo realçou, a propósito, que “os açorianos vão ter, pela primeira vez no espaço de cinco anos, um aumento efetivo e real do rendimento disponível.”

Esse aumento, segundo explicou, deriva do aumento do salário mínimo nacional, “que nos Açores é ampliado em 5 por cento”, da redução dos impostos sobre o trabalho, “nomeadamente pela anulação da sobretaxa sobre o IRS”, e da “reposição total dos vencimentos dos funcionários públicos.”

“Também para apoiar as empresas neste esforço de aumento do salário mínimo, foi feita uma redução da Taxa Social Única que as empresas pagam”, afirmou Sérgio Ávila, para quem o aumento do rendimento disponível das famílias terá “impactos muito positivos no consumo interno e na dinamização da atividade económica.”

O Vice-Presidente do Governo considerou também importante, “para alavancar estas medidas de aumento de rendimento”, a solução encontrada pelo Governo da República para a questão do BANIF.

Sérgio Ávila começou por enaltecer “o cuidado e a atenção que o atual Primeiro-Ministro teve para com a Região e para com o Governo dos Açores”, salientando a “preocupação clara, que ficou expressa na solução final, de proteger os depositantes açorianos, proteger os balcões e os trabalhadores.”

Para o Vice-Presidente, o Primeiro-Ministro teve “a coragem de assumir um encargo para o país que tinha como contrapartida, se não fosse assumido, um custo que se repercutia, essencialmente, nas regiões autónomas.”

“Todos os açorianos e madeirenses sabem que o atual Primeiro-Ministro, António Costa, fez mais pela estabilidade do sistema bancário e financeiro dos Açores, em apenas duas semanas, do que o anterior Governo em quatro anos”, afirmou Sérgio Ávila, acrescentando ser bom “que todos saibamos que o processo do BANIF foi escondido durante muito tempo.”

Na sua intervenção o Vice-Presidente do Governo disse ainda que “felizmente para os Açores a para a Madeira houve quem encarasse o problema de frente, encontrasse a melhor solução possível e defendesse o futuro da economia dos Açores e da Madeira contra o desinteresse a que esta matéria foi votada pelo anterior Governo.”

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GaCS

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