terça-feira, 7 de junho de 2016

Encaminhamento de resíduos urbanos para valorização aumenta para 31% nos Açores

O Diretor Regional do Ambiente revelou hoje, na Horta, que o encaminhamento de resíduos urbanos para operações de valorização aumentou de 13%, em 2012 para 31% em 2015, com a consequente redução da eliminação em aterro de 87% para 69%.

“Em 2012, valorizávamos 18 mil toneladas de resíduos, o que correspondia a 13% da produção”, e no último ano foram valorizadas “quase 40.500 toneladas, 31% dos resíduos gerados”, destacou Hernâni Jorge na apresentação do Relatório de Produção e Gestão de Resíduos Urbanos de 2015.

O Diretor Regional salientou ainda a tendência de redução da produção verificada em 2014 e 2015, “em resultado de uma política pública de prevenção” prosseguida pelo Governo dos Açores.

Hernâni Jorge frisou que essa redução superou a meta prevista no Plano Estratégico de Gestão de Resíduos da Região Autónoma dos Açores (PEGRA), cuja componente preventiva da produção de resíduos foi reforçada na atual legislatura com a entrada em vigor do PEPGRA.

Assim, em 2015, a produção de resíduos urbanos nos Açores correspondeu a 131 mil toneladas, claramente abaixo da estimativa do Plano de 140 mil toneladas.

Por outro lado, o Diretor Regional adiantou que vai ser desenvolvida uma campanha de sensibilização em todas as ilhas, com a distribuição de dois panfletos.

Um dos panfletos tem o objetivo de promover a reutilização de roupa usada e o outro a separação dos resíduos biodegradáveis e da biomassa vegetal/florestal por parte dos cidadãos, através de entregas nos Centros de Processamento de Resíduos (CPR) da Região.

A isenção do pagamento de taxas de entrega de bio-resíduos e de biomassa vegetal nos CPR para as pessoas singulares e a campanha que se inicia na próxima semana têm o objetivo de incentivar também o recurso à compostagem e evitar o elevado encaminhamento desses resíduos para pontos de recolha destinados a indiferenciados.

Questionado pelos jornalistas, Hernâni Jorge afirmou que, apesar da evolução muito positiva, ainda há “um longo caminho a fazer para que em 2020 consigamos alcançar as metas a que nos propusemos”, considerando que “todos podemos fazer mais”.

Nesse sentido, frisou o compromisso dos municípios que ainda não têm sistemas de recolha seletiva de recorrerem aos fundos do programa operacional para a sua implementação, constituindo-se também como um desafio, para os restantes, a constante melhoria desses sistemas.

Os Açores pretendem, até 2020, enviar para reutilização ou reciclagem, pelo menos, 50% dos resíduos urbanos, incluindo papel, cartão, plástico, vidro, metal, madeira e resíduos biodegradáveis, tendo atingido 24,4% em 2015.

Anexos:



GaCS

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