Proteger ecossistemas marinhos mais vulneráveis é uma obrigação ética, afirma Brito e Abreu

O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia salientou hoje, em Lisboa, que os Açores têm "apostado no investimento em conhecimento científico sobre o mar" com o objetivo de, em primeiro lugar, "proteger os ecossistemas mais vulneráveis e fazer uma exploração sustentável dos recursos marinhos”, frisando que esta é “uma obrigação ética”.

Fausto Brito e Abreu falava na Reunião Internacional de Ministros do Mar, no âmbito do Encontro de Oceanos 2016, em que participam delegações de meia centena de países e de oito organizações internacionais para debater a importância do conhecimento científico e questões de sustentabilidade dos mares.

Na sua intervenção, sublinhou a importância dos governos regionais na política marítima e da “articulação entre os diferentes níveis de governação aos níveis internacional, nacional e regional”, tendo também destacado a mais valia da instalação do Observatório do Atlântico na ilha do Faial, enquanto centro de colaboração científica a nível internacional.

O titular da pasta do Mar salientou ainda a criação do Parque Marinho dos Açores, "um dos primeiros do mundo”, que inclui "as primeiras áreas marinhas classificadas fora da ZEE [Zona Económica Exclusiva], já na Plataforma Estendida sob jurisdição nacional”.

Neste âmbito, destacou a recente alteração ao diploma que estrutura o Parque Marinho dos Açores, que permitiu a classificação de seis novas áreas marinhas protegidas.

Brito e Abreu congratulou-se ainda pela inclusão por parte da Comissão Nacional da UNESCO da candidatura da Dorsal Média-Atlântica (DMA) na lista indicativa de Portugal a Património Mundial.

A candidatura, em apreciação na Comissão Nacional da UNESCO desde março, inclui parte das nove ilhas do arquipélago dos Açores e dos seus 596 ilhéus, o mar territorial, a subárea dos Açores da Zona Económica Exclusiva Portuguesa e a Plataforma Estendida contígua.

O Encontro dos Oceanos, que termina sábado, sintetiza os princípios estratégicos para a governação dos oceanos, nomeadamente a concretização do desígnio nacional do Mar e o equilíbrio estrutural entre a economia, a sustentabilidade, a cultura e a coesão social e territorial.

Anexos:
	2016.06.03-SRMCT-EncontroOceanosReuniaoMinisterial.mp3

GaCS