Carlos César estranha que o volumoso Centro de Resíduos das Flores não tenha sido visto por dirigentes partidários

No momento em que, esta manhã, visitava as obras de construção do Centro de Processamento de Resíduos e de Valorização Orgânica por Compostagem da ilha das Flores, o Presidente do Governo dos Açores disse estranhar que uma infra-estrutura tão volumosa tivesse escapado à visão de dirigentes partidários que estiveram na ilha.

“Este centro, que corresponde a um investimento da ordem dos seis milhões de euros, entrará em funcionamento já no próximo ano, está à vista de todos, é impossível escondê-lo, e só estranho que ainda há pouco tempo o líder do Partido Popular da região e o líder do Partido Popular nacional tenham andado por esta ilha e não tenham conseguido ver uma realização desta dimensão e tão vultuosa do ponto de vista financeiro”, afirmou Carlos César.

“É com a construção deste centro que vão precisamente terminar as duas lixeiras existentes e que nós vamos entrar numa fase especialmente diferenciada do ponto de vista da recolha de resíduos, para a qual, naturalmente, as câmaras municipais também têm de desenvolver o seu trabalho, designadamente ao nível da recolha selectiva, da educação cívica do ambiente e para o tratamento de resíduos, mas estamos num processo que eu julgo que honrará os Açores e cujo desfecho final nós estimamos que constitua um activo ambiental para os Açores”, sublinhou.

O centro hoje visitado pelo Presidente do Governo Regional está em fase adiantada da sua construção e insere-se no sistema integrado de gestão de resíduos da região, correspondendo a um investimento global – até ao tratamento final – de cerca de duas centenas de milhões de euros, o que constitui, como acentuou, “um dos investimentos mais relevantes jamais realizados na área do ambiente.”

Para Carlos César, é hoje muito importante em ilhas como as dos Açores, pela sua exiguidade territorial, por um lado, mas também pela sua qualidade natural, a existência de tratamentos e de cuidados ambientais.

“Aquilo que nós pudermos fazer hoje pelos Açores, do ponto de vista da sua notoriedade externa, também passa pela sua qualidade ambiental, passa por um bom sistema de gestão de resíduos, que é parte integrante da oferta natural dos Açores”, vincou Carlos César.

Concluindo, o governante realçou que a região é uma maravilha natural, mas, para se manter como tal, “precisamos de honrar todas as componentes que integram essa qualidade ambiental e essa oferta natural dos Açores, também como destino turístico e não só como local onde essa gestão se impõe por questões de qualidade de vida.”



GaCS/CT