As corporações de bombeiros dos Açores devem ter seguir uma gestão responsável dos investimentos públicos e garantirem uma adequada manutenção dos equipamentos e infra-estruturas.
O Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, que falava na cerimónia de inauguração da Secção destacada dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande na Lomba da Maia, exigiu às corporações rigor na gestão interna do quartel, quer ao nível do comando de pessoal quer ao nível da utilização cuidada dos equipamentos e infra-estruturas.
Se “tivermos corpos de bombeiros bem preparados, se tivermos outro aspecto fundamental nos tempos que correm, que são direcções responsáveis para gerirem os fortes investimentos do Governo de Carlos César na área da Protecção Civil, o Governo Regional está sempre disponível para investir nas associações de bombeiros”, desafiou José Contente.
O governante foi claro ao transmitir que na ausência do cumprimento destes princípios fundamentais, o Governo Regional não estará disponível para injectar investimentos nestes quartéis que, na falta de rigor na sua gestão, estão sobretudo a prejudicar as populações.
No caso da Ribeira Grande, elogiou o Secretário Regional, “têm sempre, por via da boa chefia, o pessoal aprumado, o equipamento bem preparado e estimado e isso é fundamental porque o dinheiro para as corporações não é infindável e não pode ser mal utilizado. Estes são os novos desafios e novas obrigações para as corporações e pessoal que prestam socorro a um conjunto vasto de pessoas que todos os dias precisam da vossa actividade e do socorro perante emergências e ajuda humanitária”.
Falando em representação do Presidente do Governo Regional, José Contente felicitou os Bombeiros da Ribeira Grande e a secção destacada da Lomba da Maia, salientando o percurso exemplar e a trajectória de rigor e profissionalismo, frisando que é essa atitude e esse exemplo que deve ser seguido pelas restantes corporações dos Açores a fim de garantir um excelente serviço de Protecção Civil Regional.
Os Governos presididos por Carlos César têm ficado marcados pelo forte investimento na área da protecção civil e aposta na segurança das populações açorianas. Exemplificando, o governante realçou os 44 milhões investidos só nos últimos cinco anos, repartidos pela melhoria das infra-estruturas dos quartéis, 16 milhões de euros; formação e sensibilização, três milhões de euros; transporte de doentes, 18 milhões de euros; fardamento e equipamento de protecção individual, 235 mil euros.
Nestes valores encontram-se ainda 84 novas viaturas, desde logo 42 novas ambulâncias entregues, 18 para combate a incêndios, salvamento e desencarceramento, 16 viaturas de comando e sete embarcações salva-vidas.
O governante fez ainda questão de acrescentar que nos Açores, ao contrário do que acontece no continente, é o Governo Regional que financia todos estes investimentos, razão pela qual, defende, “é preciso valorizar este tipo de política. No continente as dificuldades são enormes e são as respectivas corporações que com os seus parcos recursos angariam verbas para cumprirem as suas funções, ao passo que aqui a filosofia é diferente, consideramos prioritário a segurança das populações e materializar essa prioridade é fazer investimentos concretos. É isso que nós estamos aqui, mais uma vez, a assinalar”.
Com as obras de beneficiação, remodelação e ampliação da secção destacada da Lomba da Maia a corporação possui agora as infra-estruturas necessárias para cumprir “com eficácia” as funções que lhe estão destinadas.
José Contente apelou ainda aos dirigentes das corporações, enquanto associações humanitárias de bombeiros voluntários, para apelarem às populações no sentido de cada vez mais voluntários se associarem ao trabalho de protecção civil, no cumprimento de um bem cívico, porque não é financeiramente viável as remunerações de todos os elementos.
“Nós precisamos, neste sistema de protecção civil nos Açores, de mais bombeiros voluntários porque as nossas associações foram criadas com este espírito e esse espírito deve continuar, para além do investimento crescente que o Governo de Carlos César faz e está a fazer na qualificação dos nossos bombeiros voluntários e na atenção remuneratória que dá sobretudo ao transporte terrestre de emergência, que representa cerca de 70 por cento da actividade dos bombeiros”, disse o Secretário Regional.
O membro do Governo Regional deixou garantias que o executivo açoriano vai continuar a apostar no transporte terrestre de emergência, anunciando que podem ser integrados mais meios afectos a este serviço, com a devida qualificação através do Serviço Regional de Saúde. Neste sentido funciona já o serviço “112”, integrado com pessoal do serviço, elementos da PSP e profissionais de saúde, “garantindo maior eficácia e credibilidade” ao serviço “112” regional.
GaCS/VS
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