sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sérgio Ávila diz que Tribunal de Contas confirma contas da região


O Vice-Presidente do Governo dos Açores refutou esta tarde afirmações do principal partido da oposição, realçando que, “ao contrário do afirmado, o Tribunal de Contas confirmou, exactamente, os montantes de dívida da região, quer da dívida directa, quer da dívida indirecta.”



Como Sérgio Ávila chamou a atenção, fica assim comprovado que sobre essa matéria o PSD se tinha enganado em mil milhões de euros.

“Perante o desespero evidente deste facto, que é comprovado com o relatório do Tribunal de Contas, o PSD tenta reformular as suas contas, alterando-as e passando a somar alhos com bugalhos, isto é, somando à dívida efectiva da região eventuais despesas futuras – o que é tão ridículo como uma família somar, considerar como sua dívida, aquilo que terá de pagar, por exemplo, nos próximos quarenta anos, na compra de leite, pão e das suas refeições ou com os seus encargos domésticos”, disse.

Fazendo notar que tais contas não fazem sentido, o governante disse mesmo que se tal contabilização fosse feita, o montante não seria aquele dito pelo PSD, mas seria muito mais, “porque também é despesa futura toda a despesa decorrente, por exemplo, da contratação de um professor, de um médico, de um enfermeiro ou de qualquer funcionário público que entre para a administração.”

Sérgio Ávila, dando outro exemplo, referiu que também é despesa futura aquela que, com certeza, os edifícios públicos terão em electricidade, em água e outros encargos de funcionamento, pelo que se está perante uma matéria “em que o PSD dá uma cambalhota, e soma alhos com bugalhos.”

Para o Vice-Presidente, “o que é mais lamentável é que esse partido tenta desesperadamente tirar credibilidade à região – prejudicando os Açores e os açorianos – com o único objectivo de interesse partidário momentâneo”, colocando os interesses partidários á frente dos interesses dos Açores.

“Em vez de defenderem os Açores, estão a tentar desprestigiar os Açores, encontrando processos contabilísticos que são, em cada momento, desmentidos por todas as entidades oficiais”, frisou.

No que se refere às SCUTs, o montante vindo a lume não foi o Tribunal de Contas que o disse, pois, como recordou Sérgio Ávila, aquele órgão limitou-se a citar o contrato assinado em 2006 e foi aprovado pelo PSD na Assembleia Legislativa Regional.

“O que é extraordinário é que o PSD venha hoje dizer algo como sendo uma novidade e introduzindo essa contabilização do Tribunal de Contas, o qual apenas actualiza os montantes á data de hoje. Ou seja, o montante efectivo do encargo é de 478 milhões, à data de hoje, mas, evidentemente, tem as suas repercussões ao longo dos anos”, realçou.

Finalmente, Sérgio Ávila chamou a atenção para o facto de, no relatório do Tribunal de Contas, o montante da dívida do sector público empresarial ser, exactamente, o que o Governo afirmou, recentemente, na Assembleia.

“Curiosamente, hoje, o senhor deputado duarte Freitas fala em mil e duzentos milhões de endividamento de todo o sector empresarial, mas se forem ao Diário das Sessões de há um ano atrás, o mesmo deputado afirmava quer eram mil e setecentos milhões”, disse.

O Vice-Presidente do Governo dos Açores concluiu dizendo que fica assim demonstrado que o referido deputado “hoje disse que a dívida do sector público empresarial era menos quinhentos milhões do que disse há um ano atrás.”



GaCS

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