terça-feira, 12 de junho de 2012
Governo Regional nunca será um “governo capacho”, garante Secretário da Presidência
O Secretário Regional da Presidência afirmou hoje, na Assembleia Legislativa, que o Governo dos Açores assume plenamente a dupla função de protesto e de propositura.
Segundo explicou André Bradford, o executivo açoriano, na defesa dos interesses dos Açores, não deixa de protestar quando esse protesto deve ser feito como não abdica também de procurar soluções para os problemas com que nos deparamos.
“O que nós nunca seremos, nem como governo nem como partido, é um governo ou um partido capacho, daqueles para onde se varrem para debaixo os problemas ou daqueles que deixam que lhes passem por cima”, afirmou o governante.
Para André Bradford, “foi graças ao envolvimento, à diligência, à participação ativa e ao empenho” do Governo Regional que foi possível resolver o caso da extensão do cabo de fibra ótica ao Grupo Ocidental, num contexto em que o Governo da República “se demitiu e deixou de ter qualquer intenção” de executar o projeto,
“Nós assumimos o processo e o processo aí está. Conseguiu-se chegar a um acordo porque nós fomos capazes de o promover e de o garantir”, sublinhou o Secretário Regional da Presidência.
Disse também que foi por ação e disponibilidade do Governo Regional que a Universidade dos Açores “ganhou algum fôlego nesta fase para fazer face a uma indiferença absoluta” da tutela política do Governo da República”, a quem acusou de, mais uma vez, “ter abandonado” a academia açoriana.
Infelizmente, a solução que se encontrou agora nesta fase de contingência para a universidade “não é a solução ideal”, mas sim “uma solução condicionada ao contexto atual”, acrescentou o governante.
Conforme denunciou André Bradford, o Governo da República “não se preocupa nem sequer faz um esforço para resolver” o problema, “pura e simplesmente abandona a Universidade dos Açores”.
Segundo afirmou, as dificuldades dos Açores perante o centralismo nunca conheceram “uma fase como agora”, pois agora “fecha-se, cala-se, corta-se, não se explica”
“Como o País não tem dinheiro, abandona-se os Açores, abandonam-se os açorianos, abandonam-se os serviços da República nos Açores. Não se justifica, corta-se, fecha-se e os açorianos que se tratem, que arranjem maneira de resolver os seus problemas”, acusou o Secretário Regional da Presidência.
Se a questão é apenas financeira e não tem nada a ver com centralismo, então como é que se explica que, no caso da RTP/A, o Governo da República queira diminuir a sua comparticipação financeira mas queira que a Região aumente a sua, o que se traduz num gasto igual para o Estado, questionou o governante.
O que se está a passar no caso da RTP/A, “por pressão e ação política desastrosa” do Ministro Miguel Relvas, é a transferência de encargos da República para a Região, sem que o País ganhe absolutamente nada com isso, argumentou ainda André Bradford.
Anexos:
2012.06.12-SRP-RepúblicaEsqueceAçores.mp3
GaCS
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