Ana Paula Marques apela ao empreendedorismo social

A Secretária Regional do Trabalho e Solidariedade Social apelou hoje ao empreendedorismo social como contributo para a “criação de laços fundamentais de ajuda e interajuda para com aqueles que estão neste momento mais fragilizados”.

“Envolvam-se emocionalmente porque esta é uma missão fundamental da nossa sociedade”, salientou, acrescentando, que “o mais importante é acreditar, todos os dias, que podemos ajudar estas crianças e estas famílias”.

Falando durante a sessão de abertura do Encontro Regional das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens, em Ponta Delgada, Ana Paula Marques, disse mesmo que “quem está nesta área é aquela pessoa que dedica e que dá tudo de si e sente todos os dias que se puder salvar o percurso de vida, o desenvolvimento de uma criança e a sua felicidade está a dar um contributo fundamental para termos uma sociedade melhor”.

A governante regional elogiou as parcerias com as instituições e a sociedade civil em prol do interesse superior da criança.

Neste contexto, recordou o projeto-piloto de Educação Parental, que foi implementado, em 2011, em todos os concelhos da ilha de São Miguel, abrangendo famílias com crianças com idades compreendidas entre os 2 e os 13 anos de idade. Graças aos “excelentes resultados” obtidos nesta fase inicial, Ana Paula Marques prevê estender a iniciativa às restantes ilhas dos Açores.

Esta medida, à semelhança de outras desenvolvidas e promovidas pelo executivo açoriano, é “fruto de um grande envolvimento do Governo, que tem canalizado as verbas necessárias para que as nossas crianças e as suas famílias possam viver melhor nos Açores”, disse.

Referindo-se às comissões, a Secretária Regional considerou as mesmas como “a forma mais brilhante de participação democrática”.

Ana Paula Marques aproveitou ainda a ocasião para enaltecer “o trabalho fundamental” das comissões, das instituições particulares de solidariedade social, do Ministério Público e do Tribunal de Família e Menores de Ponta Delgada.

Na Região Autónoma dos Açores estão instaladas 19 Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), o que corresponde a uma cobertura concelhia de 100%.

Segundo dados divulgados hoje, em 2011 as CPCJ da Região acompanharam 3.152 processos de promoção e proteção.

Os dados, que constam do relatório de atividades da CPCJ da Região, indicam ainda que a negligência e a exposição a modelos de comportamento desviante são as situações de perigo mais sinalizadas, com 29,9% (333) e 18,8% (210), respetivamente.



GaCS