A Secretaria Regional dos Recursos Naturais realizou, em Ponta Delgada, uma sessão sobre o Aproveitamento e Replantação de Matas Públicas, uma medida integrada na Agenda Açoriana para a Criação de Emprego e Competitividade Empresarial que está a ser implementada com o objetivo de dinamizar a fileira da madeira nos Açores.
Nesta sessão pública, que decorreu terça-feira à noite e contou com a presença de cerca de 40 participantes, a Diretora Regional dos Recursos Florestais salientou que a dinâmica introduzida pela exploração anual, por concurso, de áreas de criptoméria em matas públicas vai impulsionar a criação sustentada de postos de trabalho, diretos e indiretos, no setor privado.
Anabela Isidoro sublinhou ainda que o aproveitamento de sobrantes resultantes do corte e da limpeza cria também uma nova oportunidade de negócio aos empresários regionais, entre outras, na área da transformação e inovação associadas à fileira da madeira.
“Todos esses que eram, antigamente, desperdícios e causavam algum impacto negativo, agora há também possibilidade de os reaproveitar”, afirmou Anabela Isidoro, em declarações aos jornalistas à margem da sessão pública.
A Diretora Regional disse ainda que as características únicas da criptoméria, a identificação de Origem Controlada e a certificação da gestão florestal são fatores decisivos para a integração dos produtos da floresta açoriana no panorama comercial internacional.
“É importantíssimo para a colocação no mercado dos nossos materiais, a criptoméria ‘levar consigo’ um eco-rótulo”, defendeu Anabela Isidoro, realçando que o Governo dos Açores elaborou “estudos que auxiliam as empresas a preparar-se para a comercialização de produtos de Origem Controlada”.
Por outro lado, frisou que, se até agora as empresas certificadas apenas podiam fornecer madeira de Origem Controlada, agora, com a certificação da área piloto da Achadinha, essas empresas já podem disponibilizar produtos certificados FSC.
A Diretora Regional considerou ainda que estas são mais-valias identitárias e comerciais que “têm efeitos a curto prazo", frisando que "os mercados internacionais cada vez mais são exigentes nessa matéria”.
Anabela Isidoro assegurou ainda, no decorrer da sessão pública que teve a participação do professor Eduardo Dias, da Universidade dos Açores, que a medida de Aproveitamento e Melhoramento de Matas Públicas se vai perpetuar no tempo e permite proceder ao reordenamento das áreas florestais, aumentando, por exemplo, as áreas de proteção às linhas de água e às áreas de maior declive.
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GaCS
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