quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Não se vence a batalha contra o desemprego puxando os Açores para baixo, afirma Sérgio Ávila

O Vice-Presidente do Governo dos Açores afirmou na Assembleia Legislativa, na Horta, que não se vence a batalha contra o desemprego “puxando os Açores para baixo”.

Sérgio Ávila, que falava terça-feira no debate de uma proposta para aumentar o acréscimo do salário mínimo nacional em vigor na Região, salientou que o património dos governos socialistas no apoio às famílias e empresas dos Açores "não tem paralelo no país", defendendo ser importante o aumento, não do acréscimo regional, mas do salário mínimo nacional.

Esse aumento teria o consequente reflexo nos trabalhadores açorianos, por via do acréscimo regional existente.

“É bom lembrar que temos desenvolvido, até ao limite das nossas competências e até ao limite dos nossos recursos, todas as medidas para apoiar as famílias e as empresas”, disse, acrescentando ser por isso mesmo que, nos Açores, os trabalhadores do setor privado têm o acréscimo salarial cujo aumento estava em discussão.

Sérgio Ávila disse também ser por esse motivo que os trabalhadores da administração pública têm “complementos e compensações remuneratórias em relação aos seus colegas do continente e da Madeira”, sublinhando que, do mesmo modo, “as empresas e as famílias açorianas pagam menos impostos”.

Referindo-se, especificamente, à proposta de aumento do acréscimo regional ao salário mínimo nacional, o Vice-Presidente afirmou que, ao contrário da remuneração complementar, em que o Governo dos Açores assumiu prescindir de recursos para garantir essa remuneração, o que estava em causa era “uma transferência de recursos entre as empresas e os trabalhadores”.

“Como em qualquer parte de mundo, a solução tem de ser encontrada em sede de concertação social”, defendeu Sérgio Ávila, sublinhando, no entanto, que no âmbito de um possível reflexo desse aumento na criação de emprego, o que importa é congregar esforços no sentido de combater o desemprego.

“Para o Governo dos Açores a batalha do emprego não está ganha”, afirmou, frisando que “enquanto houver um desempregado” essa é uma batalha que o Executivo regional quer vencer.

“Os desempregados não são números, não são estatísticas, são pessoas”, disse Sérgio Ávila, para quem é preciso fazer tudo o que for possível para garantir um futuro melhor a essas pessoas e concretizar os seus sonhos.

“Não se vence esta batalha puxando os Açores para baixo, não se vence esta batalha dizendo que está tudo mal”, acentuou, acrescentando que, por isso, todos estão convocados, “apresentando propostas concretas e exequíveis, dentro das nossas competências e dos limites dos nossos recursos, para, a cada dia, reforçarmos este património que construímos a bem dos Açores”.

Anexos:
2014.02.11-VPGRnaALRAsobreAcréscimoSalárioMínimo.mp3
GaCS

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