quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Conferência por José Carlos Vasconcelos na Biblioteca de Angra


«Conversas de Outono», o mais recente ciclo de conferências promovido pela Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo, encerrará na próxima sexta-feira, dia 11 de Novembro, pelas 17h45, com uma comunicação proferida por José Carlos Vasconcelos, crítico, poeta, jornalista e advogado, pertencente à equipa editorial da revistaVisão e director do Jornal de Letras.

Dedicado ao conceito de crise, este ciclo teve início a 6 de Outubro e contou já com as participações do de Fernando Catroga (Universidade de Coimbra), Óscar Mascarenhas (Sindicato dos Jornalistas), Fernando Alexandre (Universidade do Minho) e Anselmo Borges (Universidade de Coimbra).

José Carlos Vasconcelos nasceu em 1940, em Freamunde, Paços de Ferreira, mas foi na Póvoa de Varzim que cresceu, fez a escola e o liceu, onde cedo iniciou a actividade jornalística e cultural, designadamente dirigindo uma página literária em O Comércio, e publicando o primeiro livro de poemas, Canções para a Primavera (1960).

Em Coimbra, onde estudou Direito, foi destacado dirigente associativo, presidente da Assembleia Magna da Associação Académica, chefe de redacção da Via Latina e da Vértice, fundador e presidente do Círculo de Estudos Literários, actor do TEUC, etc.

Após a licenciatura, entrou para a redacção do Diário de Lisboa. Teve papel activo na vida sindical, sendo presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa; como advogado, foi defensor de presos políticos e de jornalistas. Realizou numerosas sessões de leitura de poesia, algumas delas com Carlos Paredes, José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Francisco Fanhais e Manuel Freire, entre outros.

Após o 25 de Abril, esteve nas direcções do Diário de Notícias e da Informação da RTP. Aqui fez, com Fernando Assis Pacheco, em 1974, o primeiro programa literário, intitulado Escrever é Lutar, e foi comentador político (na RTP-1 e na RTP-2). Foi co-fundador do semanário O Jornal (propriedade dos próprios jornalistas), seu director e director editorial do grupo, que criou várias publicações: Sete, Jornal da Educação, História, etc. Foi também fundador e director editorial da revista Visão, presidiu à Assembleia Geral do Sindicato e do Clube dos Jornalistas e também à direcção deste.

Participou em numerosas iniciativas cívicas e integrou a Comissão do Livro Negro sobre o Regime Fascista e o Conselho Geral da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi deputado e presidiu à Comissão Parlamentar Luso-Brasileira. Pertenceu à Comissão de Honra dos 500 Anos do Descobrimento Brasil.

Em 1981 criou o JL, Jornal de Letras, Artes e Ideias, de que é director desde o início. É coordenador editorial da Visão e presidente do Conselho Geral do Sindicato de Jornalistas. Integra o Conselho Geral da Universidade de Coimbra, o Conselho das Ordens Honoríficas e o Conselho Consultivo do Instituto Camões. Tem dez títulos de poesia, dois livros infanto-juvenis e um livro sobre Lei de Imprensa. As suas últimas obras editadas são O Mar A Mar A Póvoa (2001), Repórter do Coração (2004), Caçador de Pirilampos (2007) Florzinha, gota de água, Arco, Barco, Berço, Versos (2010) e O sol das palavras, recentemente editado.

Foi distinguido com todos os prémios de carreira do jornalismo português.


GaCS

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