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quarta-feira, 13 de junho de 2012
Governo quer que a construção da central hortofrutícola e florícola do Faial comece rapidamente
O Governo dos Açores está empenhado no sentido de que a construção da central hortofrutícola e florícola da Cooperativa Agrícola da Ilha do Faial possa começar rapidamente.
A ideia foi expressa, esta quarta-feira, pelo Secretário Regional da Agricultura e Florestas, durante a apresentação do projeto deste equipamento, cuja construção está estimada em um milhão de euros.
Concordo que tudo isto já devia estar feito, mas a verdade é que o caminho faz-se caminhando e nós temos orgulho nos passos que temos dado, afirmou Noé Rodrigues.
Para o governante açoriano, este projeto da Cooperativa Agrícola da Ilha do Faial, que conta com o apoio do Governo e da Câmara Municipal da Horta, tem “muitos méritos” e será certamente “um bom contributo para organizar os produtores e para elevar a agricultura do Faial para níveis nunca antes conhecidos”.
O Secretário da Agricultura e Florestas alertou, porém, para a existência também de “alguns riscos”, não só do ponto de vista financeiro mas sobretudo resultantes da mentalidade dos agricultores. Para ter sucesso, uma iniciativa deste género precisa de contar com uma “grande abertura e envolvimento” dos agricultores de todas as áreas, sublinhou Noé Rodrigues.
Disse também que todos estes projetos que a cooperativa e a associação agrícola do Faial têm desenvolvido “não são litigantes” com outras organizações de produtores, adiantando que cada organização é livre de estabelecer o seu objetivo próprio e de definir as suas áreas de intervenção.
Noé Rodrigues informou ainda que o Governo irá promover, em breve, na ilha do Faial uma reunião entre a distribuição e a produção destas áreas da diversificação com o intuito de se identificarem os produtos e as referencias comerciais que se importam e que podem ser substituídos por produção local.
Conforme esclareceu o Secretário Regional, com esta iniciativa “não estamos a querer observar o que cada um faz nem sequer a arranjar instrumentos para fixar administrativamente o rendimento das pessoas”, mas a verdade é que se soubermos quais são as necessidades do mercado poderemos planear melhor a produção e aproveitar essas oportunidades.
À Associação de Agricultores da Ilha do Faial e à Cooperativa de Agricultores da Ilha do Faial, o governante lanço ainda o desafio para que, a par da marca “Triângulo”, aquelas organizações incluam sempre na rotulagem dos seus produtos a referência aos Açores.
A finalizar, Noé Rodrigues afirmou que a agricultura açoriana tem evoluído “muito bem” nos últimos anos, apontando, como exemplo, o facto de, nos últimos 10 anos, a produção de leite ter crescido 50%, apesar do número de produtores ter decrescido 47%.
Disse também que, no setor da carne, em seis anos passamos de 32.000 para mais de 71.000 prémios pagos ao abate de animais, enquanto que, nas áreas da diversificação agrícola, em apenas cinco anos passamos de 410 para 830 hectares em produção com os apoios regionais e comunitários.
“Se isto não é trabalhar bem por parte dos nossos agricultores, não sei o que é trabalhar bem”, concluiu o Secretário da Agricultura e Florestas.
Anexos:
2012.06.13-SRAF-CentralHortoFrutiFlorícolaFaial.mp3
GaCS
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