O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas destacou, esta terça-feira, em Ponta Delgada, que a capacidade de atração ou de empatia da política em relação aos jovens “é um pressuposto fundamental para o seu rejuvenescimento, também enquanto ciência da governação, da negociação e do diálogo, da compatibilização de interesses com vista à salvaguarda do interesse público”.
Rodrigo Oliveira, que falava em representação do Presidente do Governo, na cerimónia de apresentação do livro “Os Jovens e a Política”, da autoria de José Miguel Bettencourt, realçou por outro lado, que esta é “uma obra de grande relevância para uma melhor perceção do modo como se relacionam os jovens com a política na sociedade portuguesa contemporânea”.
Segundo disse, para que essa capacidade de interação e o interesse pela política se reforce é essencial “desmontar o mito de que as soluções que a sociedade portuguesa precisa para ultrapassar com sucesso os seus desafios estão totalmente fora da política e de que os mecanismos para as alcançar já não podem ser garantidos pelos partidos políticos”.
Assim sendo, “os cidadãos estão interessados e disponíveis para que os agentes políticos lhes garantam as respostas devidas, mas, mais do que isso, que lhes apresentem soluções, mesmo de alteração do funcionamento do regime, desde que signifiquem o aprofundamento da democracia, o reforço da transparência e os aproxime da política”, explicou Rodrigo Oliveira.
E o mesmo se passa com o processo autonómico, pois em seu entender, “é preciso ter presente que as novas gerações, passadas cerca de quatro décadas, só conhecem esta vivência insular norteada por uma Autonomia que, mesmo com muitos desafios e obstáculos, garantiu níveis de bem-estar e progresso incomparavelmente superiores aos verificados até então”.
É necessário, contudo fazer o debate sobre a criação de condições que permitam que a Autonomia continue a ser o projeto que motivou e inspirou gerações de açorianos, e para assegurar o seu futuro é determinante, o sentido de responsabilidade que a atual geração conseguir incutir na ação política para a visão e para o empenho que as futuras gerações irão ter sobre o projeto autonómico.
“A solução para melhor Autonomia está, sim, dentro e com a política, enquanto função nobre e missão de serviço e ao serviço daqueles a quem se destina, seja ela corporizada nos moldes mais tradicionais dos partidos políticos ou, complementarmente, em novos movimentos gerados pela sociedade”, sublinhou o governante.
De acordo com o Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas, implementar o rejuvenescimento do processo autonómico e torná-lo mais apelativo às futuras gerações “passa por reforçar as condições para que os jovens açorianos encontrem na Autonomia as soluções e as respostas concretas para os seus anseios e para as suas aspirações, e de, simultaneamente, assegurar que este projeto de vivência coletiva estará em boas mãos no futuro”.
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GaCS
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