A Secretária Regional da Solidariedade Social reafirmou hoje, em Ponta Delgada, a importância dos projetos de animação de rua, enquanto resposta social e “estratégia de motivação de jovens que não estão a estudar, a trabalhar e inseridos em projetos de vida e formação pessoal, mesmo estando alguns deles em idade escolar”.
“A animação de rua continua a ser necessária", salientou Piedade Lalanda, acrescentando que se trata de "um trabalho exigente porque, na sua essência, obriga à figura de ‘giro’, em que os técnicos saem do espaço físico da instituição para a rua, para estabelecer um contato com estes jovens”.
Piedade Lalanda falava no final de visitas às equipas de rua do Instituto de Apoio à Criança/Açores e do Centro Social e Cultural do Cabouco, em São Miguel.
Estes projetos, através de uma “estratégia de ganho de confiança, porque trabalham essencialmente na rua, conseguem cativar e motivar os jovens para a sua própria valorização enquanto cidadãos”, frisou a Secretária Regional, acrescentando que se trata de uma “etapa importante” que passa pela retirada dos jovens do espaço público para um mais organizado, ou seja, “o retorno à sua formação escolar, trabalhando as suas competências pessoais de relacionamento cívico e de um possível percurso profissional”.
Nesse sentido, Piedade Lalanda realçou que há “resultados positivos”, dando como exemplo “os jovens que conseguiram terminar a escolaridade obrigatória, entraram para universidade e hoje em dia estão a fazer o seu percurso de autonomização”.
“Outros têm mais dificuldades em seguir um percurso por via do ensino superior, mas têm capacidade para o ensino profissional e há outros que, através das suas próprias experiências que os projetos desenvolvem, por exemplo na área desportiva, artesanal ou de confeção alimentar, conseguem descobrir capacidades e competências, que devem ser trabalhadas através de uma empresa de inserção porque é a forma mais adequada a esse género de experiência”, contribuindo assim para a sua própria sustentabilidade, acrescentou Piedade Lalanda.
“Este trabalho tem que ter continuidade para assegurar a inclusão destes jovens em projetos concretos e o reforço da sua autoestima”, frisou, lembrando ser “fundamental que as boas práticas sejam replicadas e reforçadas”.
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GaCS
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