António Costa estará nas ilhas da Terceira, Graciosa, Faial e São Miguel acompanhado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros (Augusto Santos Silva), da Defesa (José Azeredo Lopes), Adjunto (Eduardo Cabrita), da Ciência e Tecnologia (Manuel Heitor), da Saúde (Adalberto Campos Fernandes), do Planeamento e das Infraestruturas (Pedro Marques), do Mar (Ana Paula Vitorino), e pela secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.
Fonte do executivo disse à agência Lusa que este programa nos Açores surge na sequência de um convite do presidente do executivo Regional, Vasco Cordeiro, e também da visita oficial já realizada pelo primeiro-ministro recentemente à Madeira.
“No caso da Madeira, ou no caso dos Açores, o Governo da República tem como objetivo cimeiro a promoção da coesão territorial e o aprofundamento das autonomias regionais”, afirmou em síntese à agência Lusa a mesma fonte do executivo.
Na agenda do primeiro-ministro, em termos de caráter imediato, estarão questões relacionadas com os efeitos negativos resultantes da redução do contingente norte-americano na Base das Lajes, na Ilha Terceira, e com as consequências económicas da aplicação das quotas europeias à agricultura açoriana, sobretudo na área do leite.
No caso da Base das Lajes, onde António Costa estará a meio da tarde de sexta-feira, a mensagem do Governo é “dar continuidade aos esforços diplomáticos que têm sido feitos nos últimos anos” pelo Estado Português junto dos Estados Unidos para minimizar o impacto económico e social causado pela gradual redução da presença militar norte-americana – decisão de Washington cada vez mais encarada como irreversível.
Uma das soluções alternativas, tendo em vista minorar impactos, segundo fonte do Governo, passa por um esforço ao nível da diversificação de atividades, designadamente através do aproveitamento dos meios físicos já instalados na base para a investigação científica – projeto que se poderá desenvolver tendo como base a celebração de protolocos com universidades norte-americanas.
No seu primeiro dia de visita oficial aos Açores, que começará pela manhã em Angra do Heroísmo, com um encontro a sós com o presidente do Governo Regional, o socialista Vasco Cordeiro, poderá também ser anunciado um plano transversal de “revitalização” da economia da ilha Terceira.
Além das questões diplomáticas e de Defesa, que, de resto justificam as presenças nos Açores dos ministros Augusto Santos Silva e Azeredo Lopes, está também entre as prioridades do Governo da República a resolução de problemas relacionados com o acesso dos açorianos ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Até à aprovação do Orçamento do Estado para 2016, o sistema de saúde dos açorianos, em território continental, funcionava na prática como um subsistema do SNS, sendo os doentes depois reembolsados pelas suas despesas, o que levantava sérios problemas financeiros de ordem pessoal, principalmente nos casos de pacientes oncológicos ou sujeitos a transplantes.
A meio da tarde de sexta-feira, num avião da Força Aérea, o primeiro-ministro partirá da Base das Lajes para a ilha da Graciosa, onde terá como tema central a exploração das potencialidades das energias renováveis, sobretudo da eólica.
Na ilha da Graciosa, está a ser desenvolvido um projeto pioneiro privado de baterias de armazenamento de energia por parte de um consórcio alemão – isto, sabendo-se que em algumas ilhas dos Açores, como em São Miguel, as energias renováveis já ultrapassam os 50 por cento.
No sábado, de manhã, na Graciosa, antes de partir para o Faial, António Costa visitará ainda o Observatório de Investigação Climática do Atlântico Norte, que se pretende assumir como um ‘cluster’ ao nível da investigação meteorológica.
Já na Horta, após uma passagem pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, o primeiro-ministro dará um passeio a pé pela zona da marina, numa altura em que o porto desta cidade açoriana está com uma grande lotação de veleiros estacionados.
Em São Miguel, o primeiro-ministro terá no sábado, no Palácio de Sant’Ana, reuniões com organizações açorianas, principalmente dos setores das pescas e da agricultura, numa fase de apreensão face à linha da Política Agrícola Comum saída de Bruxelas e quando só o setor do leite dos Açores representa 30 por cento da produção nacional.
No domingo, dia do trabalhador – o último em que o primeiro-ministro terá programa político, antes de regressar a Lisboa na segunda-feira ao início da manhã -, o líder do executivo terá um encontro com representantes de centrais sindicais.
Fonte: jornalacores9.net
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