terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Carlos César diz que não é má despesa o que se gasta na ajuda a quem precisa
O Presidente do Governo dos Açores insistiu na ideia de que os tempos difíceis que se vivem, um pouco por todo o lado, exigem um “discernimento muito apurado para saber onde podemos aplicar o dinheiro.”
Participando no convívio de Natal promovido pela Casa do Povo da Maia, em S. Miguel, Carlos César sublinhou que é justamente no apoio social aos que mais precisam que se faz “uma boa despesa”.
Para o governante, “o problema com que nos confrontamos não é só o de vivermos – as famílias, as empresas, os países – acima das nossas possibilidades. A questão, realmente, é nós termos o direito de vivermos de acordo com as nossas necessidades."
Por isso, como acrescentou, “uma família, uma empresa, um país, uma região que gere os seus recursos procurando satisfazer as necessidades básicas das pessoas que a integram, não procede mal, não faz uma má despesa.”
Realçando ser importante respeitar essa prioridade na afectação de recursos públicos, Carlos César lembrou que nos Açores – não obstante as dificuldades que também se fazem sentir – se tem conseguido sempre, graças á boa gestão das finanças públicas, “ajudar uma família, uma empresa, e evitar consequências piores, como temos visto noutros lugares.”
Aludindo a uma notícia do dia – segundo a qual 455 empresas da Madeira encerraram a sua actividade nos últimos dois meses, à média de dez por cada dia útil – o Presidente do Governo frisou que “sendo certo que a desgraça dos outros não nos deve confortar” e que a crise também provoca dificuldades nos Açores, “a verdade é que elas não se comparam, felizmente, aquelas que, ou na Madeira, ou no resto do país, se verificam.”
Daí a mensagem de esperança que quis deixar, com vista ao próximo ano – que vai ser, com certeza, difícil, como antevê –, uma esperança que tem essa âncora e que se apoia igualmente na rede de instituições públicas que constitui um amparo em situação de maior dificuldade.
Como fez notar, seja o Governo, sejam as câmaras municipais ou as juntas de freguesia, sejam, ainda, as instituições particulares de solidariedade social, “há sempre uma mão que ampara, há sempre uma instituição que segura.”
E mesmo reconhecendo que, em alguns casos, se possa dizer que se ampara e apoia demais quem podia fazer mais por si próprio, Carlos César concluiu dizendo que, se esse é um pecado, “é um pecado com boas intenções e, portanto, quem peca por querer bem fazer, não deve ser mal querido por isso.”
GaCS
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário