quinta-feira, 14 de abril de 2016

Vasco Cordeiro defende que não devem existir “assuntos tabu” no debate sobre a Autonomia

O Presidente do Governo reafirmou, na Horta, a importância de se tentar alcançar uma posição unânime na Região sobre a reforma da Autonomia, a submeter ao sufrágio dos Açorianos nas eleições regionais que se realizam este ano, defendendo que, neste debate, não devem existir matérias tabu.

“Considero muito importante o trabalho que tem sido feito, no sentido de, nas eleições regionais de 2016, se isso for possível, haver uma posição unânime para um mandato claro do Povo Açoriano”, afirmou Vasco Cordeiro.

O Presidente do Executivo Regional falava quarta-feira na Assembleia Legislativa, no debate sobre um Projeto de Resolução para que o Parlamento se pronunciasse contra a criação da figura de Presidente dos Açores, proposta pelo PSD/Açores, e de governos de ilha, no âmbito de uma futura revisão da Constituição da República Portuguesa.

Perante os deputados regionais, Vasco Cordeiro salientou que o debate que tem sido feito nos Açores sobre a reforma da Autonomia prova que “estamos no bom caminho", destacando "a riqueza e a diversidade de posições neste debate”.

“Entendo que este processo não deve ser feito à pressa, nem no sentido de afirmar, nem de negar posições”, salientou o Presidente do Governo, para quem não devem existir matérias tabu no debate sobre o futuro da Autonomia.

“Há uma coisa sobre a qual não tenho a mínima dúvida: sem a Autonomia estaríamos muito pior. Eu acredito, piamente, nas virtudes da Autonomia, nas virtudes da Autonomia passada, mas, também, nas virtudes da Autonomia futura. Naquilo que conseguimos fazer desde 1976 até hoje e naquilo que nós conseguiremos fazer no futuro”, sublinhou Vasco Cordeiro.

Na intervenção que proferiu na cerimónia que assinalou o Dia da Região em 2015, na ilha das Flores, Vasco Cordeiro defendeu a necessidade de “desbravar novos caminhos que entrecruzem as soluções de aproximação entre os eleitos e eleitores, com soluções de mobilização para o exercício e o escrutínio democrático, soluções de responsabilização individual, mas, também, de maior e mais diversa responsabilização coletiva, de melhor organização dos processos de decisão e de organização nas, e das, nossas ilhas”.

Na altura, o Presidente do Governo salientou que, “se é certo que esse é um caminho que não deve ser feito à pressa, o mesmo deve ser o mais amplamente debatido e analisado para que cada interveniente, incluindo os partidos políticos, possa apresentar e submeter as suas propostas aos Açorianos, por exemplo, no âmbito das próximas eleições legislativas regionais de 2016".

"Nesse processo de melhoria e de aprofundamento do sentido democrático da nossa Autonomia, como Presidente do Governo, considero ser meu dever também participar e contribuir para o debate e para a reflexão desta temática”, acrescentou, na altura, Vasco Cordeiro.

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GaCS

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