O Secretário Regional da Saúde esteve hoje presente numa acção de rastreio da obesidade infantil na Escola Francisco Ornelas da Câmara, na Praia da Vitória.
Trata-se de uma acção que vai abranger 3328 alunos, do 5º ano, em todas as escolas da Região e será levada a cabo com a colaboração dos centros de saúde.
A iniciativa está integrada no Plano Regional de Saúde e destina-se a compreender a dinâmica desta problemática e, segundo Miguel Correia, “a promover o encaminhamento dos casos para os serviços de saúde, nomeadamente para consultas de nutrição”. Com esse objectivo foi autorizada a contratação de mais técnicos de nutrição para os centros de saúde, para dar agora esta resposta.
Em declarações prestadas, na Praia da Vitória, o Secretário Regional da Saúde disse que “o importante neste rastreio é garantir as consultas de nutrição às crianças que necessitem” e, por isso, “essas consultas devem ser entendidas como uma prioridade pelos nutricionistas ao serviço dos centros de saúde”.
“Para o Governo Regional este é um problema que tem de ser atacado”, vincou Miguel Correia.
O Secretário da Saúde sublinhou ainda que é importante que os pais acompanhem as crianças nessas consultas de nutrição. É que, muitas vezes, esta situação passa despercebida aos olhos dos pais e, por isso, é importante que eles tenham um diálogo com o profissional de saúde de modo a que possam ficar completamente esclarecidos em relação aos riscos que a obesidade representa para a saúde dos seus filhos.
Os pais que têm filhos com obesidade ou excesso de peso, provavelmente desconhecem que é muito grande a probabilidade de virem a ter diabetes ou doenças cardio-vasculares e é, igualmente, grande a probabilidade de virem a ter cancro, comparativamente a uma criança que tem uma alimentação equilibrada.
Já na altura da apresentação do Programa Regional de Prevenção e Controlo da Diabetes e Luta contra a Obesidade, Rui César, seu gestor, dizia que é importante que se encontrem estratégias que convençam as pessoas de que a obesidade tem consequências graves na saúde, a vários níveis.
Rui César reconhece que não é fácil, uma vez que existem hábitos difíceis de alterar e porque as pessoas não dão grande importância à obesidade.
No entanto, sublinha, está hoje provado que a obesidade é transversal a variadíssimas doenças.
Há seis anos um estudo desenvolvido pela Direcção Regional da Educação Física e Desporto mostrou que cerca de 35% das crianças, dos 10 aos 13 anos, tinha excesso de peso ou obesidade.
O rastreio que agora vai ser feito procurará definir estratégias para mudar esta situação, diz Rui César.
O rastreio está já a decorrer em vários concelhos e vai iniciar-se, nos restantes, nos próximos dias, de modo a estar concluído até ao final do corrente ano lectivo.
GaCS/RC
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