A Secretária Regional Adjunta da Presidência para os Assuntos Parlamentares afirmou hoje, na Horta, que o problema da acumulação anormal de algas que ocorreu no final do ano passado no Porto Velho da Madalena, no Pico, foi sinalizado e abordado "desde o início", assegurando o empenho do Governo dos Açores para que "seja resolvido na máxima extensão possível”.
Isabel Rodrigues falava na Assembleia Legislativa durante o debate de uma resolução sobre a remoção das algas acumuladas no Porto Velho e realização de um estudo que permita identificar as causas e os efeitos dessa acumulação, que foi aprovada por unanimidade.
A Secretária Regional salientou que este problema, não sendo novo, atingiu agora uma nova dimensão para a qual o Governo dos Açores foi adotando as medidas adequadas ao longo do processo.
A essas medidas que o Executivo tomou desde a primeira hora, juntaram-se os esforços de diversas entidades, como a Portos dos Açores e a Câmara Municipal, no sentido de remover as algas, tarefa que nem sempre foi facilitada, quer pela quantidade de algas acumuladas, quer pelas condições meteorológicas que se verificaram durante um longo período de tempo.
“No entanto, esse esforço, por si só, não chega”, frisou.
Isabel Rodrigues salientou que se procedeu "ao estudo da qualidade das águas", tendo as análises apresentado até agora "resultados bastante bons, no sentido de que as águas são próprias para o uso balnear e não apresentam qualquer perigo para a saúde pública”.
“Foi também feita a avaliação da qualidade do ar, cujos resultados foram também positivos, no sentido de que não foram sinalizadas quaisquer substâncias em quantidades superiores àquelas que estão definidas nos devidos regimes legais, pelo contrário, apresentaram quantidades bastante abaixo dos limites definidos”, assegurou.
Apesar destes resultados, Isabel Rodrigues considerou que o fenómeno causou “um grande incómodo à população local e às pessoas que visitam a Madalena”.
Face ao reaparecimento de novas algas, já este ano foi novamente colocada uma máquina no Porto Velho para proceder ao trabalho de remoção.
Para a busca de soluções, o Governo dos Açores entende que é pertinente proceder-se a um estudo técnico da hidrodinâmica do local, tendo Isabel Rodrigues informado os deputados que o estudo foi solicitado à Universidade dos Açores a 30 de março.
A Secretária Regional afirmou que existe uma "convergência" relativamente à preocupação com este fenómeno, mas também quanto à "necessidade de, não só adotar as medidas que, em concreto e no local, o permitirão minimizar, mas também socorrer-nos dos instrumentos que possam ajudar a melhor perceber a ocorrência desse fenómeno e, por essa via, perceber também se há outras medidas que podem e devem ser tomadas".
Nesse sentido, considerou que "este estudo será, com certeza, um contributo”.
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GaCS
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