O Secretário Regional do Turismo e Transportes afirmou, nas Velas, que a ilha de S. Jorge duplicou o número de dormidas em três anos, mas frisou que, apesar do bom momento no setor do turismo, há necessidade de continuar a apostar na qualificação e valorização da oferta, nomeadamente ao nível da formação.
Vítor Fraga falava sexta-feira na inauguração da Zona da Muralha e da praça Dr. Duarte Soares, que considerou ser uma homenagem a uma pessoa que "diz muito a muitos Açorianos”, salientando que este espaço servirá não só os locais, como também os visitantes", que são “cada vez mais”, tal como a crescente importância do turismo na dinamização da economia de S. Jorge.
“2015 foi o melhor ano de sempre do turismo nos Açores. Ultrapassamos a barreira de 1,5 milhões de dormidas, o que significa um crescimento de 44%”, destacou Vítor Fraga, acrescentando que, em relação a S. Jorge, “crescemos 100%, duplicamos o número de dormidas. Passamos de 18 mil dormidas em 2012, para mais de 36.500 dormidas em 2015, ou seja, S. Jorge cresceu a mais do dobro do ritmo de crescimento da Região”.
O titular da pasta do Turismo considerou que 2016 é “um ano de consolidação, que reflete também as medidas estruturais que foram tomadas, nomeadamente ao nível das acessibilidades”.
Na sua intervenção, Vítor Fraga adiantou que, nos primeiros seis meses deste ano, o número de passageiros desembarcados no aeroporto de S. Jorge cresceu 22,5%, frisando que foram desembarcado nesta ilha 14.054 passageiros.
Ao nível do transporte marítimo, nomeadamente com as linhas regulares no 'Triângulo', nos primeiros sete meses do ano, foi registado um crescimento de 15 mil passageiros, sendo 271.704 aqueles que usufruem do transporte marítimo de passageiros nesta zona do arquipélago.
“Isto dá bem nota da importância que tanto o transporte aéreo como o transporte marítimo têm para o desenvolvimento da economia local e para o setor turístico nesta parcela do arquipélago, que tem uma oferta diferenciadora, que contribui de uma forma determinante para a valorização do destino Açores”, afirmou.
“O turismo é um dos setores mais competitivos à escala global”, frisou Vítor Fraga, reafirmando a necessidade de continuar a trabalhar ao nível da qualificação e da valorização da oferta.
“Este é um trabalho que exige uma atenção redobrada e permanente, assim como ao nível da valorização do capital humano. A formação é fundamental”, sublinhou, defendendo a necessidade de serem definidos “os parâmetros exatos para termos uma cultura de serviço Açores”.
Nesse sentido, considerou ser “fundamental criar e desenvolver uma cultura de receber associada a uma identidade clara daquilo que nos carateriza, ou seja, a nossa hospitalidade única, que nos distingue de todos os outros à escala global”.
Vítor Fraga assegurou que “todos estamos empenhados em ultrapassar com sucesso” os desafios que se colocam, e assim consolidar um setor fundamental para o desenvolvimento da Região e que vive um momento único no seu desenvolvimento.
“Não pode é isto ser encarado como sendo um ponto de chegada, isto tem de ser sempre encarado como um ponto de partida”, afirmou, apontando a importância de ter “todos, entidades públicas e entidades privadas”, empenhados na construção e na consolidação deste setor económico, que também contribui para melhorar as condições de vida dos Açorianos.
“Numa região como a nossa, com as nossas caraterísticas, não me canso de dizer que o turismo só é bom se for efetivamente bom para quem cá vive", frisou, acrescentando que "ser bom para quem cá vive é ter a capacidade de gerar riqueza, preservar e criar postos de trabalho. É este o objetivo com que devemos trabalhar”.
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GaCS
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