A Câmara Municipal da Praia da Vitória vai organizar um debate e um seminário de formação para "aumentar a sensibilização" da população para as energias renováveis disse ontem o presidente da autarquia.
“A grande maioria da população ainda questiona as vantagens económico-financeiras das novas energias”, considerou Roberto Monteiro, numa conferência de imprensa para apresentação da 1ª Feira de Energias Renováveis da Praia da Vitória.
Nesse sentido a iniciativa, que decorre entre 3 e 5 de Julho, visa, acrescentou, "esclarecer as dúvidas da comunidade sempre que se inicia um novo ciclo de comportamentos e permitir que as empresas do sector mostrem as vantagens dos seus produtos".
Para Roberto Monteiro "não existem dúvidas quanto às vantagens das novas energias, quer do ponto de vista económico quer da preservação do ambiente".
Por isso "o debate e a introdução de novas energias é um problema estruturante para o concelho e uma aposta na melhoria da eficiência energética", sublinhou o autarca.
Na feira vão marcar presença 26 empresas locais ligadas ao sector das novas energias e das energias renováveis.
O debate, que vai abordar o tema da microgeração de energia nos Açores, decorre no primeiro dia da feira através de uma mesa redonda em que participam a Direcção Regional de Energia, Empresa de Electricidade dos Açores (EDA), empresas privadas e público em geral.
A autarquia disponibiliza também, no programa, visitas à Central de Biodisel, Laboratório de Ambiente Marinho e Tecnologia (LAMTEC), passeios de iate exclusivamente movidos pelo vento e parapente.
Em 2008, a ilha Terceira consumiu 192,695 milhões de megawats dos quais apenas 8,7 por cento produzidos por energia eólica.
Actualmente a empresa Geoterceira está a efectuar perfurações, no interior da ilha, para montagem de uma central de energia geotérmica.
O concelho de Angra do Heroísmo foi responsável por 54,8 por cento daquele consumo e o da Praia da Vitória por 45,2 por cento.
O destacamento norte-americano estacionado na Base portuguesa das Lajes, passou, em 2008, a abastecer-se de energia eléctrica através da empresa açoriana EDA o que originou um aumento do consumo em 25 por cento na ilha Terceira.
Fonte: Público.pt
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