“Este ano o Governo dos Açores já co-financiou em trezentos e dois mil Euros diversos projectos para a instalação de novas sedes, verba que, somada aos apoios direccionados aos planos de actividades permite verificar que, mais uma vez é ultrapassada a barreira dos quinhentos mil Euros”, revelou, hoje, em Ponta Delgada, o Secretário Regional da Presidência, na cerimónia de assinatura dos Protocolos de Financiamento ao Associativismo Jovem.
André Bradford recordou que o Governo dos Açores, com os apoios às associações de juventude que actuam na Região, “transmite um estímulo à sua actividade”, sublinhando que “a prova mais evidente da sua importância, nos respectivos contextos locais e também no plano regional, é o facto de termos multiplicado por cinco o número de associações de vocação juvenil” que passaram “de pouco mais de uma dezena em 1996 para mais de 50 registadas actualmente, e ainda 11 em fase de registo – isto sem contar com as associações de estudantes, que passaram a constar de registo próprio”.
Nos Açores, segundo anunciou o governante, de acordo com o último levantamento efectuado, existem “mais de 15.500 jovens envolvidos directamente em experiências associativas, não estando contabilizados todos os outros que estão ligados a grupos informais de jovens ou a outro tipo de associações, como as estudantis”.
“Nos Açores existe capacidade de iniciativa jovem e vontade de trabalhar de forma organizada e consolidada” disse o Secretário Regional da Presidência que tutela a política de Juventude nos Açores, que, a propósito, destaca que “o Governo dos Açores dispõe, felizmente, de interlocutores dinâmicos, aptos e empenhados em fazer mais e melhor pelos jovens da nossa Região”.
André Bradford, aproveitou a ocasião para olhar para o futuro, “traçando novos objectivos”, declarando que, “na conjuntura que atravessamos, é imperioso que os nossos recursos sejam melhor direccionados e aplicados, procurando investi-los em actividades mais inovadoras e geradoras de efectivas mais-valias sociais”, preocupação, à qual acrescenta que se torna necessário “reforçar a componente de valorização das competências adquiridas, de modo não formal, pelos jovens no âmbito das actividades desenvolvidas pelas associações, acentuando, deste modo, a componente formativa da sua acção”.
Com este quadro de preocupação, o Secretário Regional anunciou que o “Governo dos Açores tem vindo a trabalhar, em colaboração próxima com representantes do movimento associativo, num novo sistema de incentivo ao associativismo jovem, que desejamos formalizar no próximo mês de Julho e que agregará numa estrutura única e articulada vários programas e medidas de fomento da participação juvenil”.
André Bradford explicou que o novo sistema clarificará “as regras aplicáveis à elegibilidade das despesas e estabelece critérios de valorização diferenciada do trabalho desenvolvido por cada associação”, acrescentando que, de forma complementar, “cria também uma linha específica para o empreendedorismo social, visando permitir que os projectos e produtos desenvolvidos pelas associações possam ser lançados em circuitos aonde possam gerar mais-valias, aumentando, assim, a respectiva capacidade de auto-financiamento”.
O governante, no entanto, adverte que “esta abordagem, inovadora a nível nacional, só resultará, se pudermos contar com o envolvimento” do associativismo juvenil “na procura de soluções criativas e de parcerias que correspondam às aspirações e necessidades dos nossos jovens”.
André Bradford, com os olhos postos no futuro e com “o novo cenário” que apresentou, deixou às associações juvenis, “o repto de termos, nos Açores, uma Carta de Compromisso do Associativismo Jovem”, documento, “a elaborar de forma cooperativa entre o Governo e todas as associações, registadas e não registadas”, que “deverá constituir-se como instrumento de planeamento e orientação para o sector, definindo as linhas gerais da estratégia a desenvolver no domínio do associativismo juvenil na presente década”.
Com a Carta de Compromisso do Associativismo Jovem, o Secretário Regional da Presidência não tem dúvidas de que, “partilhando objectivos, metas, responsabilidades e meios, seremos, certamente, mais capazes de reestruturar a nossa acção conjunta e alcançar melhores resultados, com vista a aumentar a participação dos jovens nas associações, renovar a classe dirigente, inovar nos projectos a implementar e diversificar as estratégias de actuação”, acrescentando que, no seu entender, estes “devem ser os desígnios a assumir colectivamente por todos os agentes do sector para poderem ser concretizados mais eficazmente”.
GaCS/SF/LFC
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