quinta-feira, 20 de maio de 2010

Política Energética nos Açores aposta nas renováveis



O Governo Regional há vários anos que tem apostado numa política energética sustentável e exemplo disso é a produção geotérmica, afirmou o Director Regional da Energia, José Cabral Vieira, esta tarde em Ponta Delgada.

O director regional falava no âmbito de um painel sobre a temática, no decorrer dos trabalhos da 30.ª Reunião Anual da Comissão das Ilhas da Conferência das Regiões Periféricas Marítimas e numa sessão presidida presidida pelo Subsecretário Regional dos Assuntos Europeus e Cooperação Externa.

Estas preocupações, segundo afirmou José Cabral Vieira, começaram a ter uma importância acrescida a partir de 2007 devido ao debate das alterações climáticas, preocupações alarmantes, às quais a União Europeia começou a estar atenta.

Para além desse, o principal objectivo da Região, segundo José Cabral Vieira, passava também por reduzir a dependência dos derivados de petróleo, isto quando em 2007, 87 por cento da energia primária produzida era proveniente dos derivados do petróleo, ou seja, a Região tinha uma autonomia energética de apenas 13%.

Daí a necessidade de aumentar a penetração das energias renováveis nos Açores, destacando-se como as grandes áreas de actuação o transporte rodoviário e os edifícios.

Actualmente, e para o futuro, a política do Governo Regional, neste sector, passa por aumentar a produção de energias renováveis na produção de electricidade dos actuais 28% para os 75% em 2018.

Por outro lado, há que investir na eficiência energética. Nesse âmbito, na ilha Terceira, vai ser instalada uma central geotérmica. Também em S. Miguel estão a fazer-se novos furos para expandir a capacidade geotérmica da ilha.

A construção de novos parques eólicos e a expansão dos já existentes, bem como a construção de algumas centrais hídricas, são outras das apostas.

Também a certificação energética dos edifícios é outro dos aspectos que está a merecer uma atenção especial por parte do executivo, por isso, José Cabral Vieira acredita que os mais competitivos vão ser aqueles que no futuro utilizem a energia de forma mais eficiente e são eles que vão ter, talvez, a energia mais barata.



GaCS/LM

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