O Presidente do Governo Regional disse hoje que, tendo embora consciência de que “era preciso ter nos Açores mais meios humanos e melhores equipamentos em inúmeras áreas”, o desempenho das forças de segurança na região “tem sido muito significativo.”
Carlos César, que falava após uma reunião que teve com os elementos que compõem o Gabinete Coordenador de Segurança da Região Autónoma dos Açores – formado por representantes das diversas forças policiais ou relacionadas com a segurança do e no arquipélago – revelou que a criminalidade, em geral, baixou no ano de 2010 face ao ano anterior, embora não pudesse ainda precisar a informação por não ter sido ainda publicado o relatório nacional sobre a matéria.
Chamando a atenção para o facto de os Açores serem “uma região aberta, especialmente permeável do ponto de vista dos acessos marítimos e aéreos”, Carlos César disse que, apesar disso, “temos o privilégio, e espero que assim continuemos, de viver numa região que é, comparativamente, uma região segura.”
No entanto, o Presidente do Governo não deixou de frisar que há necessidade de reforçar os meios humanos e os equipamentos das forças de segurança nos Açores, apesar de perceber que “neste momento existem grandes preocupações no plano nacional, mas as questões que envolvem a segurança das pessoas e dos territórios não podem ser descuradas.”
Daí que importe fazer um esforço, para o que é imprescindível os órgãos de tutela nacionais compreenderem as especificidades de um território descontínuo como é o açoriano.
“É necessário que as pessoas que têm a tutela compreendam que uma região como os Açores tem uma especificidade que exige um investimento maior do que aquele que em regra lhe é atribuído”, disse Carlos César, sublinhando o bom trabalho que as forças envolvidas na segurança têm desenvolvido, pesem embora os meios de que dispõem, os quais “não são os mais adequados e estão aquém do que é necessário.”
O Presidente do Governo dos Açores considerou ainda ser, “moderadamente, uma boa notícia”, o facto de ter sido retomado o processo conducente à construção da nova Cadeia de Ponta Delgada, processo esse que tinha sido abandonado há alguns meses.
Carlos César não deixou de assinalar, a propósito, o esforço que ultimamente se tem verificado, por parte do Ministério da Justiça, de investimento em infra-estruturas na região, designadamente na Cidade Judiciária de Ponta Delgada e no estabelecimento prisional de Angra do Heroísmo, entre outras.
GaCS/CT