quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Documentários sobre o património cultural imaterial dos Açores no “Outono-Vivo” e no DocLisboa-2012
A exibição de dois documentários sobre o património cultural imaterial dos Açores, produzidos por associações culturais da região, com financiamento da Direção Regional da Cultura, terá lugar no Auditório do Ramo Grande, no âmbito da programação do “Outono-Vivo 2012”, uma iniciativa da Câmara Municipal da Praia da Vitória, que este ano decorre entre 26 de outubro e 4 de novembro.
Assim sendo, pelas 15h30 de domingo, dia 28 de outubro, será exibido o documentário intitulado “Não me importava morrer se houvesse guitarras no céu”, uma obra de 2012 sobre as Chamarritas das ilhas do Pico e Faial. O filme será apresentado numa sessão pública, com entrada livre, que contará com a participação do realizador, Tiago Pereira, e de Carla Dâmaso, representante da entidade produtora, a Associação Cultural Música Vadia, da cidade da Horta.
Posteriormente, no feriado, quinta-feira, dia 1 de novembro, pelas 17h30 e também com entrada livre, terá lugar a exibição da obra de 2012 intitulada “Montar a Tenda”, um documentário sobre os bastidores do teatro popular da Terceira, que dá ênfase às Danças-de-Espada. Esta será também uma sessão pública, que contará com a participação, quer da realizadora, Montserrat Ciges, investigadora do Departamento de História da Universidade dos Açores, quer de Tiago Melo Bento, o responsável pela recolha de som e imagem, e representante da entidade produtora, a Associação Cultural O Corredor, de Ponta Delgada.
Estreado nas Lages do Pico e exibido na Horta e em Lisboa em junho deste ano, o documentário de Tiago Pereira sobre as Chamarritas volta a ter um expressivo espaço de difusão fora da Região, ao integrar ainda a programação da 10ª edição do festival internacional “DocLisboa”, com exibições nos cinemas “São Jorge” e “Londres”, pelas 21h30 da segunda-feira, dia 22 de outubro, e as 16h45 da quinta-feira, dia 25, respetivamente.
O financiamento destes dois documentários pela Direção Regional da Cultura insere-se no quadro de uma política de registos, definida para a salvaguarda e defesa da espontaneidade das manifestações da cultura popular de natureza intangível, com expressão no arquipélago. A este propósito, o Diretor Regional da Cultura, Jorge Paulus Bruno, esclarece as grandes linhas orientadoras do trabalho desenvolvido nesta área:
“Para além da execução do inventário regional, que é agora possível com a criação da plataforma informática MatrizPCI-Açores, a nova abordagem das questões que se relacionam com o património cultural intangível comporta também um olhar renovado dos museus da Rede Regional de Museus, quer sobre os acervos à sua responsabilidade, quer na observação crítica das dinâmicas sociais nos seus espaços geográficos e culturais de influência. Não só se coloca agora de uma forma mais clara a necessidade de contextualizar acervos existentes na ótica do conceito de ‘património associado’, como também se torna mais evidente a necessidade de execução de uma política de registos atenta aos fenómenos de evolução espontânea das manifestações da cultura popular”.
GaCS
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