Concessão da exploração Centro de Processamento de Resíduos do Corvo

O Governo Regional, através da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, procede hoje à entrega da concessão da exploração do Centro de Processamento de Resíduos do Corvo à empresa RESIAÇORES.

O centro de processamento de resíduos dota a ilha  do Corvo das infraestruturas necessárias para corresponder ao especificado Plano Estratégico de Gestão de Resíduos da Região Autónoma dos Açores — PEGRA, aprovado pelo Decreto Legislativo Regional n.º 10/2008/A, de 12 de Maio.

Com o investimento de 700.000,00 €, a infraestrutura, cuja parte final da obra ainda se encontra em curso, compreende um centro de processamento/ecocentro, um centro de valorização orgânica por vermicompostagem e uma plataforma para a armazenagem de veículos em fim de vida, integrados numa área com todas as infraestruturas de apoio complementares necessárias.

O centro de processamento destina-se à receção, acondicionamento e armazenamento de materiais recicláveis, resíduos industriais perigosos (RIP) e resíduos especiais (RE), nomeadamente pneus usados, tintas e vernizes, solventes, óleos usados, resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE), pilhas, acumuladores, veículos em fim de vida (VFV), sendo ainda prevista a eventual receção de resíduos industriais não perigosos, metais ferrosos, madeira e volumosos.

O centro inclui também instalações de apoio, nomeadamente a zona administrativa e apoio à exploração, tanque de lixiviados, um tanque de águas pluviais e o edifício de filtração.

Os resíduos orgânicos transformados em composto. pela vermicompostagem, passam a constituir um recurso interessante para a horticultura e para a jardinagem, reduzindo a necessidade de importação de composto e de fertilizantes. Com isso, os materiais putrescíveis, passam de lixo poluente a recurso com interesse económico, permitindo aumentar o autoabastecimento da ilha.

Os materiais recicláveis de qualquer natureza passam a ser preparados para expedição e aproveitamento industrial fora da ilha. São materiais que mantém um valor residual apreciável, que agora passam a poder ser reaproveitados, criando riqueza. Com a sua exportação cessa a acumulação de lixos não biodegradáveis nesta ilha, a maioria dos quais com tempos de permanência de séculos antes de se decomporem naturalmente.



GaCS