O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas reafirmou, na Horta, a disponibilidade do Governo dos Açores para um “trabalho conjunto” sobre questões relevantes de geopolítica e geoestratégia, criticando, por isso, a realização de um estudo proposto pelo PSD por ser “demasiado genérico”.
“As matérias de geopolítica e de geoestratégia merecem ser tratadas na Assembleia Legislativa e é bom que assim seja, com espírito de abertura, de diálogo e de procura de consenso, mas não pode o Governo concordar com uma proposta que é geral e de tal modo abstrata que nunca poderia ser concretizada de acordo com os princípios da gestão responsável dos recursos públicos”, afirmou Rodrigo Oliveira, numa intervenção proferida quinta-feira no plenário da Assembleia Legislativa.
Rodrigo Oliveira frisou que o projeto de resolução que estava em discussão visa que “o Governo encomende um estudo à Universidade dos Açores que pode dar para tudo e pode dar para nada”.
“A generalidade deste estudo, que abrange tudo e não abrange nada, não é a via correta”, afirmou o Subsecretário Regional, salientando que os considerandos do documento abrangem um largo leque de áreas, que tornam impossível indicar à entidade responsável pela sua elaboração os termos para a realização do estudo.
“Quem tem a responsabilidade da gestão dos recursos públicos não pode concordar com tal generalidade, falta de precisão e falta de objeto desta proposta. Não se trata de nenhuma discordância geral sobre a importância da geopolítica ou da geoestratégia, trata-se de uma discordância quanto aos termos do que é solicitado ao Governo”, frisou.
Rodrigo Oliveira recordou que o Governo Regional “há muitos anos que trabalha nesta área”, reafirmando a “disponibilidade do Governo para o debate, para o trabalho conjunto sobre questões específicas” e, consequentemente, para “solicitar estudos sempre que assim for necessário, como tem feito”.
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GaCS
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