O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente destacou hoje, na Lagoa, em S. Miguel, o trabalho desenvolvido nos Açores em prol da sanidade animal, frisando que os “excelentes resultados” obtidos beneficiam também a saúde pública, “consolidando a confiança dos consumidores e valorizando a qualidade dos produtos” da Região.
“A Autoridade Veterinária Regional pode-se orgulhar do trabalho que todos têm feito no sentido de tornar os Açores uma das regiões da Europa com menos problemas sanitários”, afirmou Luís Neto Viveiros, na sessão de abertura do Fórum de Medicina Veterinária.
“É com particular satisfação que verificamos que o último relatório da União Europeia sobre Doenças de Bovinos e Suínos mantém os Açores como Região Oficialmente Indemne de Brucelose Bovina em seis ilhas”, revelou o Secretário Regional, acrescentando que, este ano, também “não se deverão registar sequestros” na ilha de S. Miguel.
Nesse sentido, considerou que os Açores seguem “um caminho seguro para a concretização do compromisso que assumimos para esta legislatura de erradicar a brucelose bovina na Região”.
O titular da pasta da Agricultura adiantou também na sua intervenção que “os Açores, incorporados no estatuto do Estado Membro Portugal como País de Risco Negligenciável de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), foram a região que, com base nos números apresentados, mais contribuiu para se atingir essa classificação”.
Por outro lado, Neto Viveiros anunciou que os Serviços Veterinários Regionais estão a iniciar um programa de rastreio da Tuberculose Bovina “de grande envergadura, com o apoio das associações agrícolas”, acrescentando que, “caso se obtenham os resultados esperados”, será “um êxito, se não maior, pelo menos igual, ao já atingido para a Brucelose, bem como para a Leucose Bovina Enzoótica, BSE e Brucelose dos Pequenos Ruminantes no todo regional”.
“A nível da saúde animal, podemo-nos orgulhar do trabalho desenvolvido, para o qual, além das políticas de sanidade, apoiadas na competência dos médicos veterinários, muito contribuiu a colaboração dos agricultores dos Açores”, frisou.
O Secretário Regional destacou que “estes dados são uma excelente notícia para a agropecuária açoriana, numa altura em que as barreiras sanitárias são cada vez mais um sério entrave à movimentação de animais e comercialização de produtos derivados” e também porque “a exportação é essencial para fazer face aos novos desafios que se colocam, em particular, à fileira do leite”.
Na sua intervenção, Luís Neto Viveiros frisou que o Governo dos Açores reforçou em 22% as dotações financeiras destinadas ao melhoramento e sanidade animal e considerou “essencial que todas as classes profissionais que atuam quer na esfera pública, quer na esfera privada, apresentem elevados padrões de qualidade dos seus produtos e serviços”, enaltecendo a iniciativa da Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Médicos Veterinários de promover este fórum.
“Uma iniciativa a que nos associamos e reputamos da maior relevância porque consideramos que a profissão de médico veterinário reveste-se de uma importância fundamental, quer para a salvaguarda do bem-estar e saúde animal, quer – sublinhe-se – também para a da saúde pública, e, ainda, para a solidez da nossa economia”, afirmou o Secretário Regional.
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GaCS
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