O Presidente do Governo afirmou hoje que a indústria de transformação de leite da ilha do Pico conseguiu sair da “fortíssima tempestade” em que viveu nos últimos anos, mas alertou que continua a ser necessário a atenção e o profissionalismo de todas as partes para que este processo chegue a bom porto.
O Presidente do Governo falava na cerimónia de assinatura do termo de aceitação do projeto de incentivos para a reestruturação da fábrica da antiga LactoPico, num montante de cerca de 1,2 milhões de euros, 75 por cento dos quais de fundos públicos, um projeto apresentado pela cooperativa Leite Montanha.
Atualmente, o leite está a ser pago aos produtores atempadamente e, simultaneamente, estão a ser regularizados os atrasos que se verificavam.
“Se considerarmos que este percurso do setor leiteiro corresponde a uma travessia, podemos dizer que a indústria de transformação de leite no Pico continua a navegar, que saímos de uma fortíssima tempestade, mas ainda não chegamos ao nosso porto de destino”, afirmou Vasco Cordeiro.
Na cerimónia de hoje, no segundo dia da visita estatutária do Governo ao Pico, Vasco Cordeiro recordou o “longo caminho percorrido até aqui”, depois de uma situação que “ameaçava, pura e simplesmente, fazer desaparecer a indústria de transformação de leite na ilha do Pico”.
“Recordo-me de, noutra circunstância e em outra qualidade, ter utilizado a expressão 'a LactoPico não caiu e a LactoPico não cairá' e de ter dito, nessa altura, que era necessária uma nova abordagem em relação a esse desafio, que passava por uma corresponsabilização da cooperativa, dos produtores e, naturalmente, do Governo, na medida em que estava disponível para ajudar, exceto no passar cheques para o pagamento de dívidas”, lembrou o Presidente do Governo.
Vasco Cordeiro destacou, ainda, a disponibilidade e o entendimento que a Lactaçores teve em relação à importância desta indústria para a ilha do Pico, a qual está confrontada ainda com desafios específicos da própria ilha, mas também com outros a nível regional, nacional e europeu.
Apesar do trabalho feito, “continua a ser necessária uma atenção, um cuidado, um profissionalismo e, também, a consciência do meio onde nos inserimos dentro do mercado do leite, para conseguimos continuar esta viagem e levar este barco a bom porto”, sublinhou Vasco Cordeiro.
“Da parte do Governo dos Acores, posso transmitir a nossa continua disponibilidade para apoiar este processo, não nos substituindo àquela que é a responsabilidade da cooperativa e àquelas que são as responsabilidades dos produtores, mas estando aqui para ajudar a, cada um fazendo bem a sua parte”, concluir este processo com sucesso, assegurou.
O Presidente do Governo deixou, assim, uma mensagem de confiança, quanto ao percurso que já foi feito nesta matéria, mas também de esperança em relação ao sucesso deste processo na ilha do Pico.
“Esta assinatura do termo de aceitação é, pois, um ato de esperança no futuro, fruto daquele que é o trabalho e a responsabilidade de todos os envolvidos – a cooperativa Leite Montanha, a Lactaçores, o Governo dos Açores, mas, fundamentalmente, os produtores de leite aqui da ilha do Pico”, frisou Vasco Cordeiro.
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GaCS
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