Um empresário luso-canadiano apresentou uma proposta para a compra do navio. Objectivo é criar linha marítima entre os Açores e a Madeira
O luxuoso ferryboat Atlântida, encomendado aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) pelo Governo Regional dos Açores, entidade que acabou por o recusar devido a uma diferença mínima na velocidade máxima, poderá, afinal, acabar por fazer transporte turístico… nos Açores. Tudo porque um emigrante açoriano no Canadá, proprietário de uma empresa de transportes marítimos, acaba de apresentar uma proposta para a integração do navio no modelo de transportes que apresentou para aquela região autónoma e que prevê, inclusive, uma linha marítima entre Açores e Madeira.
"Quero dar aos meus conterrâneos aquilo que eles precisam, com toda a qualidade. O Governo Regional dos Açores já tem esta proposta em mãos", explicou ao DN John Amaral, o empresário, gerente da "Cascata do Mar", empresa de capitais canadianos interessada no negócio. A proposta de John Amaral prevê uma rede de três navios num investimento de 100 milhões de euros.
O Atlântida, ferry encomendado pelo Governo mas entretanto rejeitado, seria utilizado em cruzeiros de 9 dias por todo o arquipélago. Sobre este ferry, conforme explicou o empresário, o Governo Regional já pagou 32 milhões aos ENVC e a proposta da empresa ao Executivo dos Açores passa por liquidar esse valor, faseado por um período de 10 anos, com pagamentos de 3,2 milhões de euros anuais. "Prestações essas que serão pagas com o serviço de Aluguer do Navio Atlântida, para Cruzeiro de Turistas em todas as ilhas dos Açores, durante todo o ano", acrescentou.
"Não é por causa de menos de duas milhas de velocidade que se abandona um navio novo. Para o turismo isso não faz nenhuma diferença", disse ainda o empresário.
Fonte: DN
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