André Bradford, que falava ontem por ocasião da inauguração da nova infraestrutura do Grupo 126 de Rabo de Peixe, salientou que o escutismo, para além da sua componente lúdica, “tem uma importante função pedagógica, formativa e social, que o Governo dos Açores reconhece e valoriza”.
De acordo com o governante, o papel social das associações de escuteiros tem um elevado valor e é por isso que o Governo dos Açores, ao longo dos últimos 16 anos, se tem constituído “como parceiro fundamental da atividade escutista na Região”, através de apoios financeiros para a aquisição, melhoria ou edificação de novas sedes.
Esse apoio financeiro, transversal a toda a Região, tem-se mantido estável e representou, ao longo da presente legislatura, mais de meio milhão de euros, clarificou André Bradford.
O Secretário Regional da Presidência revelou que, ao abrigo do Programa de Incentivos ao Associativismo Juvenil, o Governo continua a apoiar planos de atividade e de ação de diversas associações, num investimento global de cerca de 875 mil euros, desde 2006.
Esta política de apoios públicos, sem paralelo a nível nacional, “é motivo de grande orgulho para o Governo dos Açores e não é dirigida só às associações escutistas, mas antes a todas as associações juvenis regionais”, frisou o responsável.
André Bradford disse também que, com esta política de apoios públicos, o Governo dos Açores conseguiu, em dez anos, “multiplicar por quatro o número de associações juvenis inscritas no Registo Açoriano de Associações de Juventude e mais que duplicar o número de jovens que interagem regularmente com as associações nas suas atividades”, adiantando que, atualmente, os Açores têm associações juvenis em todas as ilhas e o movimento associativo alcança cerca de 20 mil jovens açorianos.
Segundo aquele membro do executivo açoriano, estes indicadores, que são igualmente mérito das associações que direcionam a sua atividade para as necessidades das suas localidades, demonstram claramente o compromisso do Governo dos Açores para com a juventude açoriana.
André Bradford evidenciou que, em tempo de grande complexidade e de recursos mais limitados, a exigência principal é a de procurar respostas inovadoras para novos desafios, que existem num contexto de limitação financeira, sendo que a prioridade maior na Região “é a de podermos apoiar as nossas famílias e as nossas empresas, procurando, desse modo, minimizar os efeitos da austeridade que alguns insistem em impor sem critério”.
É desta forma que o apoio às associações de juventude se torna mais relevante, uma vez que é uma “declaração de confiança nos jovens e naqueles que com eles trabalham, procurando ganhar o futuro”, afiançou.
O Secretário Regional da Presidência deu a certeza de que o investimento feito nesta nova infraestrutura de Rabo de peixe permitirá a este Grupo continuar um trabalho de grande valor social e humano, “reproduzindo desse modo o apoio recebido”.
André Bradford concluiu que nem todo o retorno que é positivo socialmente tem de ser financeiro, dizendo que “também há lucro social sempre que se investe na capacidade de melhorar uma comunidade”.
GaCS
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