O Presidente do Governo dos Açores inaugurou hoje a lagoa artificial do Corvo, um investimento da Câmara Municipal apoiado por fundos comunitários para garantir o suficiente abastecimento futuro de água à agricultura e à população da ilha.
“Trata-se de um investimento da Câmara Municipal que denota uma visão a longo prazo quanto às necessidades da ilha no abastecimento de água, mas também um bom aproveitamento dos fundos comunitários”, afirmou Vasco Cordeiro.
A nova lagoa artificial do Corvo tem uma capacidade de armazenamento de 18,5 milhões de litros e representou um investimento total de cerca de 700 mil euros, 85 por cento dos quais de fundos comunitários, ao abrigo do ProConvergência.
Segundo o Presidente do Governo, esta nova infraestrutura representa, assim, uma melhoria significativa das condições de abastecimento de água à população da ilha, mas também para o setor agropecuário, o que resulta num impacto económico para o Corvo.
Vasco Cordeiro assegurou, ainda, que o Governo dos Açores está determinado em melhorar as condições disponibilizadas aos agricultores da Região, através de um conjunto de intervenções a efetuar nos próximos anos, ao nível do abastecimento de água e energia elétrica e melhoria da rede de caminhos, que vão beneficiar cerca de 4.400 de agricultores da Região.
“Na Carta Regional das Obras Públicas há um investimento previsto superior a 30 milhões de euros nesta legislatura direcionados para a satisfação destas necessidades”, anunciou o Presidente do Governo, para quem estas obras inserem-se no objetivo de “capacitar cada vez mais a agricultura e a agropecuária com as infraestruturas que podem reforçar a sua competitividade e, por essa via, melhorar o rendimento de todos os envolvidos no setor”.
Na inauguração da lagoa artificial, Vasco Cordeiro realçou, por outro lado, que, ao nível da captação de água, o Governo dos Açores, em cooperação com a Câmara Municipal, está a desenvolver o Plano de Ordenamento Florestal do Baldio do Corvo, que permitirá captar água, através da plantação de árvores.
Este projeto, desenvolvido pela Secretaria Regional dos Recursos Naturais, prevê, num prazo de seis anos, a instalação de 23.270 m de cortinas de abrigo e corredores de proteção à rede hidrográfica, numa área de cerca de 16 hectares.
Ou seja, no futuro, árvores de maior porte irão também ‘captar’ a humidade dos nevoeiros, canalizando-se e armazenando-se, posteriormente, a água recolhida desta forma.
“Se a ilha do Corvo melhor capacitada estiver nesse domínio, acaba também por melhor se integrar e responder ao esforço coletivo de desenvolvimento de toda a Região”, concluiu Vasco Cordeiro.
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GaCS
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