Na sequência da apresentação da Campanha SOS Cagarro dos Açores no IV Congresso Ibérico de Ornitologia, o director do Parque Natural da Madeira afirmou que “este é um exemplo a seguir pelas outras Regiões. Gostaria de implementar algo muito parecido no arquipélago da Madeira.”
Este Congresso, organizado este ano pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, contou também com a colaboração da Sociedade Espanhola de Ornitologia e a BirdLife International, uma associação de organizações não governamentais especialmente orientada para a protecção de aves que conta com mais de três milhões de sócios.
Nos quatro dias de Congresso foram apresentadas 55 comunicações e expostos 70 posters. O Governo dos Açores esteve presente com um poster sobre o compromisso regional na protecção da avifauna e o director regional do Ambiente, Frederico Cardigos, apresentou uma palestra sobre a Campanha SOS Cagarro. Por comparação, nos últimos dez anos, foram salvos, no total, 9 mil cagarros nas Canárias e, nos Açores, apenas em 2009, foram salvos quase 4 mil animais desta espécie. Este dado ilustra o sucesso e a importância da Campanha de voluntariado dos Açores que foi iniciada em 1995 pelo Doutor Luís Monteiro, os Amigos dos Açores e o Governo Regional.
Na discussão, foi dado particular relevo ao potencial da Campanha SOS Cagarro como instrumento de educação ambiental e também foi salientado pelos participantes que a sequência lógica dos bons trabalhos feitos na Região, ao nível das aves terrestres e marinhas, será o investimento na protecção e valorização das aves migratórias. O director regional, nessa sequência, frisou a lógica da observação salientando os exemplos da Ilha do Corvo e da Câmara Municipal da Praia da Vitória.
A melhor comunicação do Congresso, de acordo com o voto dos participantes, foi a “People and Birds” proferida por Gerbrand Michelsen, um ornitólogo amador, açoriano por escolha e funcionário da direcção regional de Turismo dos Açores.
Na sessão de encerramento, o director regional do Ambiente salientou a importância do papel das organizações não-governamentais para o ambiente, com especial destaque para as que “fazem um bom trabalho no arquipélago dos Açores, como é o caso da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves e reiterou o compromisso açoriano na defesa do seu património natural”.
GaCS/DRA/SF
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