O Vice-Presidente do Governo Regional, Sérgio Ávila, apresentou esta segunda-feira, em conferência de Imprensa realizada em Angra do Heroísmo, o programa de apoio à revitalização das lojas nos centros urbanos - LOJA +.
A medida insere-se no âmbito da Agenda Açoriana para a Criação de Emprego e Competitividade Empresarial, em que a reabilitação urbana “constitui um vector essencial desta estratégia de desenvolvimento regional”, conforme disse o governante.
A medida, aprovada no calendário previsto na Agenda, enquadra-se “no propósito estratégico da revitalização urbana e visa apoiar as empresas regionais, dando uma nova dinâmica aos centros urbanos, através do incremento da comercialização de produtos e serviços inovadores”, explicou Sérgio Ávila.
Com este programa, o Governo dos Açores pretende concretizar quatro objectivos, dos quais o que o Vice-Presidente indicou em primeiro lugar tem a ver com o apoio às empresas, negócios ou produtos inovadores “que não tinham espaço com visibilidade para promover, divulgar ou dar a conhecer a sua atividade e que possam, de forma temporária, instalar-se nos centros urbanos”.
Paralelamente, a iniciativa visa assegurar a reabilitação de lojas que estejam devolutas e sem utilização, garantir novos motivos de interesse e de motivação para atrair os clientes aos centros urbanos e dinamizar a actividade do sector da construção civil no segmento da reabilitação urbana.
São abrangidos neste programa todos os estabelecimentos localizados nos centros urbanos da Região, que se encontrem devolutos, cabendo aos municípios definir, no prazo de 30 dias, quais as áreas comerciais das cidades e vilas.
Neste “novo paradigma de dinamização urbana”, serão apoiados projectos que correspondam a quatro “conceitos inovadores”, explicou Sérgio Ávila, o primeiro dos quais as denominadas Pop up stores que são lojas temporárias, “ideais para marcas que comercializam produtos sazonais ou coleções exclusivas”.
Outro conceito que se enquadra neste âmbito é o de Lounge – estabelecimentos reservados para produtos que exigem interatividade com o consumidor e forte presença da marca, em que a componente venda é secundária ou inexistente.
As Lab stores, estabelecimentos pensados para marcas que precisam de algum tempo para testar a sua aceitação no mercado antes de empreenderem um investimento maior, e as Traditional Stores, que são lojas que não dispõem “de livre serviço e que disponibilizam um atendimento de qualidade e personalizado”, são os restantes dois conceitos enunciados.
O apoio financeiro previsto no programa é disponibilizado para a requalificação do estabelecimento e para comparticipar o seu arrendamento.
No que diz respeito à requalificação do estabelecimento, os projetos a candidatar podem apresentar um valor de investimento até 15 mil euros com um prazo de execução de seis meses. O valor da comparticipação das despesas consideradas elegíveis varia entre os 60 e os 70%, consoante a ilha.
Já o apoio ao arrendamento, é no montante máximo mensal de 14 euros por metro quadrado, até ao limite de 700 euros. Este incentivo financeiro é de 50% a 60% do valor da renda mensal, por um período máximo de 12 meses.
Estes apoios são acumuláveis com os sistemas de incentivo ao investimento, nomeadamente o Sistema de Incentivo ao Desenvolvimento Local e o Empreende Jovem.
Sérgio Ávila disse ainda que, para além deste programa específico, existem outras medidas para “assegurar um desenvolvimento equilibrado nas diversas formas de exercício do comércio”.
Nesse sentido, acrescentou, “será também implementado um conjunto vasto de outras medidas de apoio ao comércio tradicional e ao incremento da reabilitação urbana, exatamente como previsto na Agenda Açoriana para a Competitividade Empresarial e dentro do cronograma previsto neste documento”.
2013.07.29-VPGR-LOJA+.mp3 |
GaCS
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