terça-feira, 29 de abril de 2014

Rodrigo Oliveira manifesta “orgulho” nas comunidades açorianas na diáspora

O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas manifestou “orgulho” nas novas gerações de descendentes de açorianos na diáspora, que conciliam o apego às origens com uma intensa atividade profissional, destacando também o papel desempenhado pelas gerações dos seus pais e avós.

“As primeiras gerações que emigraram para a Califórnia e aqui se tornaram cidadãos integrados e de sucesso nunca esqueceram a importância de transmitirem às gerações atuais, já nascidas nos EUA, os valores, as tradições e a cultura que definem a Açorianidade”, frisou Rodrigo Oliveira, defendendo, no entanto, a importância de estes jovens, “que orgulhosamente se intitulam ‘Young Portuguese Americans’”, deverem também conhecer os Açores de hoje, que são “substancialmente diferentes daquelas ilhas que os pais e avós deixaram nos anos 50, 60 ou 70 do século passado”.

Rodrigo Oliveira, que falava em San Pablo, na Califórnia, na cerimónia de entrega de prémios da Luso American Education Foundation (LAEF), salientou que “deve ser um desafio partilhado por todos aproximar estes jovens das suas origens”, nomeadamente criando condições para que possam “estabelecer melhores contactos e uma relação mais próxima com as novas gerações residentes no arquipélago”.

Nesse sentido, assegurou que “o Governo dos Açores pretende trabalhar muito proximamente com estes ’Young Portuguese Americans’ para promover os laços que unem os jovens açorianos das nove ilhas do Atlântico aos da Califórnia, promovendo as potencialidades económicas, científicas e culturais da Região Autónoma dos Açores”.

“Pela voz destes jovens, que não obstante a sua plena integração na sociedade californiana e o seu percurso profissional de grande relevo nas mais diversas áreas, das artes às tecnologias, ficou claro o entusiasmo, a pro-atividade e o dinamismo desta comunidade”, afirmou Rodrigo Oliveira, considerando ser “indiscutível o apego que estas novas gerações têm em relação à cultura, aos costumes e aos valores que os seus país e avós tão bem lhes souberam transmitir e que eles, não apenas preservam, mas sabem trazer para a linguagem moderna”.

Nesta intervenção, Rodrigo Oliveira felicitou os homenageados, nomeadamente Claude Henry Potts, Eduardo Eusébio, Ângela Brito e Nelson Ponta Garça, salientando que “são um motivo de orgulho” para a comunidade na diáspora pela sua envolvência comunitária, pelo seu percurso de vida e pelo seu apego à cultura e à língua portuguesas.

“As nossas comunidades radicadas na diáspora são, efetivamente, um motivo de orgulho para a Região, porquanto são tidas como um verdadeiro exemplo de integração a vários níveis, dos quais se destacam as vertentes sociocultural, cívica, económica e política”, frisou.

Rodrigo Oliveira salientou, por isso, a importância de “fortalecer as relações entre os dois lados do Atlântico, honrando este resistente nó afetivo que não desenlaça com o tempo, como se se tratasse das amarras das antigas baleeiras que, no século XIX, começaram a chegar à Califórnia, trazendo a Açorianidade consigo”.



GaCS

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